De 20 a 23 de Maio o Concelho de Oeiras viveu a FESTA DA POESIA.
Dos eventos do 1º dia escolhi o da Livraria/Galeria Municipal Verney - Oeiras, a comemorar o seu 9º aniversário com uma Homenagem ao Poeta David Mourão-Ferreira e cujos poemas foram lidos pelo Escultor Francisco Simões e por membros do Centro Cultural de Oeiras.
O Francisco Simões - meu amigo da adolescência - que vou perdendo e reencontrando pelos caminhos da vida e das artes, com a voz embargada pela emoção, falou do "sedutor que se deixava seduzir", do amor que o escritor tinha por Itália e das várias Universidades Italianas onde se aprende David Mourão-Ferreira e a Língua Portuguesa.
Por cá... apenas alguns amigos - Verney incluída - vão celebrando o Poeta que guardam no coração.
Das Universidades Portuguesas, não consta que conste dos Programas!
Dos eventos do 1º dia escolhi o da Livraria/Galeria Municipal Verney - Oeiras, a comemorar o seu 9º aniversário com uma Homenagem ao Poeta David Mourão-Ferreira e cujos poemas foram lidos pelo Escultor Francisco Simões e por membros do Centro Cultural de Oeiras.
O Francisco Simões - meu amigo da adolescência - que vou perdendo e reencontrando pelos caminhos da vida e das artes, com a voz embargada pela emoção, falou do "sedutor que se deixava seduzir", do amor que o escritor tinha por Itália e das várias Universidades Italianas onde se aprende David Mourão-Ferreira e a Língua Portuguesa.
Por cá... apenas alguns amigos - Verney incluída - vão celebrando o Poeta que guardam no coração.
Das Universidades Portuguesas, não consta que conste dos Programas!
PARAÍSO
Deixa ficar comigo a madrugada,para que a luz do Sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.
Arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
Crepite, em derredor, o mar de Agosto...
E o outro cheiro, o teu, à minha volta!
Depois, podes partir. Só te aconselho
que acendas, para tudo ser perfeito,
à cabeceira a luz do teu joelho,
entre os lençois o lume do teu peito...
Podes partir. De nada mais preciso
para a minha ilusão do Paraíso.
David Mourão-Ferreira
in INFINITO PESSOAL
(1959-1962)
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