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Todos os anos há Natal
Apesar da guerra
Apesar da fome
Apesar dos homens sem pátria
E dos povos sem nação
Apesar das lágrimas
Das dores das mães
Das crianças famintas,
Das crianças soldados
Apesar da ganância
Das leis injustas
Das angústias dos sem trabalho
Dos desalojados
Apesar de tanta injustiça
A terra move-se
As tardes caiem
As noites acontecem
E há sempre uma manhã
que nasce Natal!
Paz aos homens de boa vontade
De: Maria Clotilde Moreira / Algés