Robert Motherwell em 1988(Foto: Renate P. Motherwell)
Je t'aime, nº. II, 1955
Como se se tratasse de um calígrafo oriental, Motherwell exprime-se pictoricamente através de letras, números ou palavras.
O gesto escrito - uma declaração de amor - reafirma, além disso, o carácter mental da pintura e a sua rejeição da imitação realista.
O VAZIO E O GESTO
Perante a tradicional concepção do quadro como uma janela que ao mesmo tempo nos une e nos separa de outras realidades, Motherwell identificou em várias ocasiões as suas pinturas com paredes ou muros intransponíveis e, sobretudo, com representações de um espaço vazio absoluto: "Tudo o que acontece no plano do quadro acontece diante de um vazio metafísico". Esse espaço vazio é o espaço dos nossos próprios gestos, e os motivos que o animam são a marca do movimento de uma mão que "se deixa levar" ao contacto do pincel com a superfície da tela ou o papel. O processo pictórico é parecido com a experiência quotidiana de traçar riscos sobre a superfície de areia de uma praia ou com o trabalho dos calígrafos orientais. O próprio Motherwell assinalou a afinidade entre o seu trabalho e certos tipos de pintura oriental - como a relacionada com o Zen -, também caracterizados pelo valor concedido ao gesto e ao vazio.
Foto: Steven Sloman
Olá,
ResponderEliminarPara quem entende que um quadro abre sempre um caminho, de facto é uma novidade pensar esse mesmo quadro como uma parede intransponível ou um vazio absoluto.
Vais com certeza deixar por aqui mais informação, não é.
Um beijinho
"je t´amai"! fica sempre bem em qualquer "paisagem" ... pictórica!
ResponderEliminarbeijos
Gosto muito do seu gesto e do seu traço.
ResponderEliminarOlá Laerce;
ResponderEliminarO meu conhecimento sobre arte oriental é empírico e fui procurar informação sobre a Pintura Zen que irei transcrever para um post.
Esta expressão pictórica com letras, números e palavras, muito usada nos Estados Unidos nas décadas de 50 e seguintes, teve vários outros seguidores como Jasper Jones, Roy Lichtenstein, Peter Blake, James Rosenquist, todos identificados com a POP ART.
De Robert Motherwell retenho "o carácter mental da pintura e a sua rejeição da imitação realista."
Um beijinho. :)
Gato_escaldado;
ResponderEliminarO mais de acordo possível! :)))
bjs.
Olá Helena,
ResponderEliminarRobert Motherwell faz parte da minha lista de 'Mestres'! :)
As grandes manchas de cor em telas de grandes superfícies, fascinam-me.
Um beijinho.
Olha querida, eu sei que isto vai soar a plágio e não te vai parecer nada original porque já ouviste isto "em qualquer lafo" .... :))))
ResponderEliminarMas o que este quadro ficava para lá de bem na minha sala !!!!
:))))))))))))))))))))))))))))
Não é teu, é verdade, mas é uma beleza !!!!
Desculpa se a expressão beleza é buçal para classificar um quadro e para ti que és das artes mas foi assim que senti !!!!
Sabes que te gosto muito ...e olha, estou a recuperar ... :)
Beijocas inundadas de cor laranja e carregadinhas de profunda amizade, carinho e admiração, aqui da molusquita !!!!
:))))
"Tudo o que acontece no plano do quadro acontece diante de um vazio metafísico", esta frase por si só caracteriza o estar na pintura da maneira que o está Robert Motherwell.
ResponderEliminarBeijinhos.
Não conhecia...gostei imenso.
ResponderEliminarBeijinhos para ti ISabel
Querida Caracolinha;
ResponderEliminarCom plágio ou sem plágio olha que na minha sala também ficaria muito bem! ahahah!
Estou contente de saber que já andas 'saída da casquinha' sua caracolinha nudista! :)
Obrigada pelo carregamento de beijinhos que retribuo em dobro. :)
Olá Maria do Céu! :)
ResponderEliminarÉ um facto e explica tanta coisa em recentes conceitos.
Um beijinho.
Olá Isabel-f,
ResponderEliminarVale a pena visitar a obra de Robert Motherwell e saber mais do seu percurso.
Obrigada pela visita.
Um beijinho.