PELES. O ÚLTIMO GRITO DA MODA?
domingo, abril 30, 2006
terça-feira, abril 25, 2006
segunda-feira, abril 24, 2006
terça-feira, abril 18, 2006
MAX ERNST 1891-1976
Todos têm uma ideia sobre arte: o filólogo, o teólogo, o crítico, o jurista, o militar, o historiador de arte e o Senhor Presidente da Câmara. Não é verdade que cada um tem o “seu” gosto?
Perdão, Senhores, a arte nada tem a ver com o gosto, a arte, não está lá para ser “degustada” mas o Senhor Presidente da Câmara pensa que a arte está lá para que a “julguem”, a arte moderna, que é “julgada do ponto de vista comercial”.
Como é que uma ideia tão original pode ter saído da cabeça de um Presidente da Câmara? O que o Presidente da Câmara quer, é o que os críticos dos jornais diários fazem, os grandes e os pequenos. Querem emitir juízos sobre arte. Eis como é confortável, dado que uma qualquer crítica errónea não tem necessidade de ser desmentida. Os “juízes” da arte falam do “saber fazer”, deploram que este saber fazer não exista absolutamente nada nos mais “jovens”. Por vezes mesmo deploram isso muito seriamente . Mas sabem então Senhores em que consiste esse “saber fazer”? Não, os Senhores não o sabem. Crêem que saber fazer é saber desenhar e pintar correctamente, como o “sabe fazer” um aparelho fotográfico desde que se inventou a fotografia a cores. O nariz não deve ser muito comprido, nem a perna demasiado curta. E esta a “base sólida” vão procurá-la nas escolas de belas-artes e tornam-se alguém-que-conhece-bem-o-seu-ofício.
Saber fazer significa saber dar forma. Saber fazer subentende que se é capaz de pressentir a vida interior da linha e da cor. (Linha e cor elas mesmas destacadas do objecto. Pintura absoluta no sentido em que se fala de música absoluta.) Saber fazer subentende que se venceu. Para o artista, as coisas mais quotidianas, tais como as mais raras, podem tornar-se uma aventura, as cores de uma tonalidade, um emaranhado de linhas.
Este novo saber fazer subentende que o público e sobretudo o crítico, “saibam fazer” qualquer coisa. O crítico deve ser capaz de reconhecer na forma elaborada pelo artista o que ele viveu e deve poder revivê-lo ele próprio.
Se, além disso, ele for capaz de exprimir numa linguagem clara o que ele sentiu diante de uma obra de arte, tem o direito de escrever sobre arte. Talvez mesmo de emitir opiniões sobre arte. O critico deve ainda poder fazer outra coisa: renunciar a pretender vaidosamente que é o tutor da arte, que pode desempenhar um papel de conselheiro, dizer aos artistas como fazer melhor. Mas vós, Senhores juízes, não sabeis nada de arte.
E.
Volksmund, Bona 30.10.1912
E. (Ernst, Max)
terça-feira, abril 04, 2006
segunda-feira, abril 03, 2006
ANTONI TÀPIES
domingo, abril 02, 2006
PARABÉNS "PICCOLINA"!
Dessa vez nem sequer tive coragem de pedir a algum passante que te segurasse e deixei que viesses comigo. Dei-te banho, desparasitei-te, levei-te à Clínica do Dr. A. Monteiro, - um grande amigo que trata dos meus cães quase há três décadas - foste vacinada, agendou-se a esterilização e cá estás tu, três anos passados, no conforto do lar, integrada na família.
Também não sei se tens reminiscências dos tempos em que andaste à deriva; suponho que sim. Há situações em que demonstras ter medo, há lugares aqui próximo de casa onde recusas ir, há pessoas que te inspiram terror e de quem foges...
Contaram-me depois que eras "aqui da zona" e que foste deixada à tua sorte aquando do plano de erradicação de barracas. Rasteirinha e rápida como és certamente fugiste aos funcionários da CMO que vieram apanhar os animais que sobraram.
Adquiriste hábitos de higiene, deixaste de me destruir o património, conheces todas as rotinas que te dizem respeito, identificas os sons da casa e sabes os meus gestos. E eu estou feliz por te ter recolhido e grata pela ternura com que me olhas!
sábado, abril 01, 2006
ROBERT MOTHERWELL
México é outra grande fonte de referências simbólicas para Motherwell. Mais ainda do que no caso de Espanha, o pintor relaciona este país com as ideias da morte e do sangue: "Muitos anos depois da minha visita ao México, as salpicadelas de sangue continuaram a aparecer nos meus quadros; é a pintura vermelha".
Foto: Steven Sloman