sexta-feira, março 31, 2006

ROY LICHTENSTEIN (1923-1997)

Eu sei... Brad, 1963
I Know... Brad
Óleo e magna sobre tela, 168 x 96 cm
Aix-la-Chapelle, Ludwig Forum für Internationale kunst


Um olhar mais de perto sobre os pontos de Benday

O que Andy Warhol invejava nas pinturas de banda desenhada de Lichtenstein eram os pontos de Benday. Mais do que o contorno a preto das figuras e a escolha limitada a cores industriais, os pontos de Benday pareciam fora do lugar na pintura. Embora imagens isoladas de banda desenhada tivessem sido há muito integradas nas belas-artes, ninguém tinha encontrado uma forma de aumentar a sua expressão para além da utilização de uma colagem ou de um motivo pintado. Ao usar referências da técnica de impressão, como os pontos de Benday, o conceito de fonte impressa permaneceu intacto. Os críticos e artistas comerciais que reprovaram Lichtenstein por não se distanciar suficientemente da sua fonte, obviamente não compreenderam que não só o conteúdo da pintura, mas também o conteúdo do estilo, eram importantes.

Apesar de nem todas as obras de Lichtenstein usarem o ponteado de Benday, este tornou-se sinónimo da sua arte e continuou a acompanhá-lo.


nota: O americano Benjamin Day (1838-1916) foi não só artista como inventor.

Foto: Taschen

terça-feira, março 28, 2006

ROY LICHTENSTEIN (1923-1997)


Roy Lichtenstein no seu estúdio, 1985



A Melodia Persegue a Minha Fantasia, 1965

The Melody Haunts My Reverie

Tela de seda em vermelho, azul, amarelo, preto, 69,9 x 51,4 cm.



De certa forma, Lichtenstein sempre pareceu estar a considerar toda a arte quando pintava, pensando o que seria a arte, o que esta representava, para que servia, quando e se ele a desejava ou não.

Era quase impossível para Lichtenstein olhar para a arte com a reverência que a classe média instruída lhe dedicava. A banalidade fria transportada para a sua banda desenhada e para as suas imagens publicitárias, era um insulto para a instituição da arte, tradicionalmente ligada, como era, às coisas intelectuais e espirituais.



ART, 1962

Óleo sobre tela, 91,4 x 172.7 cm.

Minneapolis (MN), Collection Gordon
Locksley

A grande pintura ART era uma placa para ser pendurada na parede, prova positiva de que o seu dono era de facto um coleccionador, uma pessoa de cultura. Em que é que a arte se tinha tornado senão numa mercadoria, um simbolo da classe coleccionadora, uma relação de amor estética e incestuosa carregada de implicações metafísicas? Como uma instituição, a arte merecia ser posta em contacto com a realidade na forma de cultura popular.

Fotos: TASCHEN

HOJE,
EM
CASA,
ESTAMOS
TODOS
COM
O
BENFICA!


segunda-feira, março 27, 2006

ROBERT MOTHERWELL


Peixes e faixa vermelha, 1954


Motherwell converte a figuração tradicional na afirmação de um gesto no vazio. A importância da imagem não reside tanto no reconhecimento do motivo como na observação de uma presença, de uma marca traçada pelo pincel.

Foto: Steven Sloman

domingo, março 26, 2006

A ARTE ZEN E A DISTÂNCIA OCIDENTAL



"A aldeia da montanha envolta en névoa", pintura de Eitoku, época Muromachi, obra que evidencia claramente o estilo zen em pintura onde as formas se reduzen ao mínimo e os traços são também difusos. Procura-se, assim, sugerir o vazio ou o todo que rodeia o fim ou limite das formas.

Foto: http://www.temakel.com/ensayobzenartejapon.htm


A PINTURA ZEN

A seita budista conhecida na China por Ch’an e no Japão por Zen foi o único ramo da fé budista a exercer uma profunda e duradora influência na pintura. A doutrina, trazida para a China no século VI por um monge indiano chamado Bodhidharma, era diferente da doutrina de todas as outras seitas, na medida em que negava absolutamente o valor dos templos, das imagens e escrituras, dos rituais, e até da própria doutrina, como meios auxiliares da obtenção da iluminação. Bodhidharma, o Primeiro Patriarca, ensinava que Buda devia ser encontrado, se encontrado viesse a ser, na alma do homem, e através da verificação desta verdade dentro de si próprio um indivíduo podia atingir o conhecimento da “essência de Buda”, que está presente em todas as coisas, animadas e inanimadas.

Depois de Bodhidharma, o budismo Zen cindiu-se em duas escolas rivais. A escola “nortista” fundada por outro monge indiano, Budhapriya, reivindicava que a verdade pode ser atingida através dos caminhos convencionais da disciplina e do estudo; a “sulista”, da qual fazia parte o Quinto Patriarca, Hui Neng, na qualidade de chefe principal, negava a validade destes meios, insistindo em que a iluminação provinha subitamente de si mesma e penetrava na mente despida de todas as impurezas intelecuais. A escola “nortista” corrompeu-se mas a “sulista” conservou o puro ensinamento de Bodhidharma e Hui Neng, vindo a tornar-se uma fonte de profunda inspiração para pintores, especialmente para os de tradição erudita.

Determinados artistas, considerando que os métodos ortodoxos já não estavam à altura das suas necessidades, começaram a experimentar técnicas tão ousadas e excêntricas como as dos modernos expressionistas abstractos. O clarão da iluminação Zen, impossível de comunicar por palavras, poderia manifestar-se no gesto expontâneo do pincel do pintor, e cada pintura destes mestres era uma revelação do próprio eu, carregada de sentido no próprio acto de pintar.

Os sectários de Zen, aqueles que eram somente teóricos, defendiam que qualquer pintor que exprimisse os seus momentos de iluminação com expontaneidade absoluta actuava no verdadeiro espírito de Zen.

Michael Sulivan, Professor de Arte Asiática, Colégio de Estudos Orientais e Africanos, Universidade de Londres.

sexta-feira, março 24, 2006

MOTHERWELL (1915-1991)

Robert Motherwell em 1988
(Foto: Renate P. Motherwell)


Je t'aime, nº. II, 1955

Como se se tratasse de um calígrafo oriental, Motherwell exprime-se pictoricamente através de letras, números ou palavras.

O gesto escrito - uma declaração de amor - reafirma, além disso, o carácter mental da pintura e a sua rejeição da imitação realista.


O VAZIO E O GESTO

Perante a tradicional concepção do quadro como uma janela que ao mesmo tempo nos une e nos separa de outras realidades, Motherwell identificou em várias ocasiões as suas pinturas com paredes ou muros intransponíveis e, sobretudo, com representações de um espaço vazio absoluto: "Tudo o que acontece no plano do quadro acontece diante de um vazio metafísico". Esse espaço vazio é o espaço dos nossos próprios gestos, e os motivos que o animam são a marca do movimento de uma mão que "se deixa levar" ao contacto do pincel com a superfície da tela ou o papel. O processo pictórico é parecido com a experiência quotidiana de traçar riscos sobre a superfície de areia de uma praia ou com o trabalho dos calígrafos orientais. O próprio Motherwell assinalou a afinidade entre o seu trabalho e certos tipos de pintura oriental - como a relacionada com o Zen -, também caracterizados pelo valor concedido ao gesto e ao vazio.

Foto: Steven Sloman

quinta-feira, março 23, 2006

sempre!

na riqueza
na pobreza,
na vitória
na derrota,
até que a morte nos separe!

e mesmo assim... não sei!

quarta-feira, março 22, 2006

o poder da arte

HUNDERTWASSER
Girassóis; Aguarela; 32 x 26 cm; San Gimignano; 1949


Hundertwasser quer, com esta imagem executada com uma simplicidade extrema, demonstrar que todo o mundo pode pintar.

Foto: Taschen

terça-feira, março 21, 2006

PRIMAVERA

as primeiras do ano

foto: IM

Acaso azul de pedras e de flores

a que os homens chamam primavera...

Coincidência de árvores e de céu

com o sol a alegrar tudo o que existe...

Tudo menos eu!

Eu que não ando às ordens do sol nem da lua,

nem de nenhum clarim,

e vim hoje de propósito para a rua,

pálido e triste

_ para me vingar de mim.

José Gomes Ferreira

Poesia - III


segunda-feira, março 20, 2006

MANIFESTO 24


manuel carmo

inauguração da sua exposição

Manifesto 24

23 de março a 23 de abril 2006

Angel Orensanz Foundation, Center for the Arts
172 Norfolh St., New York, NY 10002 (Off East Houston St).

quinta-feira, março 16, 2006

quarta-feira, março 15, 2006

arte






DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978


Artigo 14º

Os organismos de protecção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.

1 - Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.


Nota:
Conclui-se hoje a publicação dos 14 artigos da Declaração Universal dos Direitos do Animal gentilmente enviados a cada dia pelo Rui C. que também se preocupa com esta causa, e a quem agradeço.

terça-feira, março 14, 2006

MR. GEORGE CLOONEY - TAKE IV




HI, LADIES!!!

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978


Artigo 13º

O animal morto deve de ser tratado com respeito.

1 - As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

segunda-feira, março 13, 2006

MR. GEORGE CLOONEY!!!























Depois de ouvir e ver as notícias do dia, de não me apetecer, sequer, pensar neste 'lugar mal frequentado' em que vivemos, e de não ter nenhuma tela nova para mostrar optei pelo CLOONEY! Espero que concordem; pelo menos as 'meninas'! :)

sexta-feira, março 10, 2006

quinta-feira, março 09, 2006

CARAS AMIGAS...

... e amigos, também!


O DIA DA MULHER...


É TODOS OS DIAS!

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978


Artigo 12º

Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.

1 - A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

quarta-feira, março 08, 2006

NO DIA DA MULHER

MATISSE
Nu Azul IV, 1952
Nu Bleu IV
Gouache recortado, 103 x 74 cm.
Nice, Musée Henri Matisse


foto: TASCHEN


Para se levar a bom termo a missão de esposa, mãe e... assalariada, é preciso ter aparência de mulher, comportar-se como senhora, pensar como homem, e trabalhar como um cavalo.

autor desconhecido

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978


Artigo 11º

Todo o acto que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.

terça-feira, março 07, 2006

o poder da arte

HUNDERTWASSER
O PINTOR-REI DAS CINCO PELES

Primeiro esboço de árvore locatária

tinta e aguarela sobre papel branco, 33 x 21 cm, Viena, 1973


Foto: Taschen

A GRATIDÃO...

...DEPOIS DO SALVAMENTO!



Foto: "The Observer"

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978

Artigo 10º

Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.

1 - As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

segunda-feira, março 06, 2006

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978

Artigo 9º

Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

sábado, março 04, 2006

o poder da arte


HUNDERTWASSER
Tree Tenants Do Not Sleep
Tree Tenants Wide Awake

técnica mista, 38 x 38 cms, Tunes, 1973

As árvores que crescem dentro e sobre as casas pagam regularmente a sua renda fornecendo valores reais como o óxigénio, o belo e o silêncio, absorvendo a poeira e regularizando o clima.
Foto: Taschen

sexta-feira, março 03, 2006

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978


Artigo 8º

A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.

1 - As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

quinta-feira, março 02, 2006

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL

Proclamada pela UNESCO em sessão realizada em Bruxelas em 27 de Janeiro de 1978


Artigo 7º

Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.