*
Não me sinto conservadora a não ser nos valores que me foram transmitidos na casa de meus pais e de meus avós e confesso que para mim o Dia da Mãe estaria muito melhor a 8 de Dezembro como sempre festejei em criança. E mesmo quando chegada a minha vez de ser mãe e as crianças eram incentivadas no colégio a preparar um presente, nos tempos antes da idade da consciência de que há presentes que se podem comprar com dinheiro, e mais tarde presentes singelos comprados com as pequenas semanadas e que deram lugar a presentes mais sofisticados, habitualmente perfumes e livros, comprados com a ajuda do pai e a cumplicidade do meu livreiro habitual da Clássica Editora dos Restauradores, onde todos os dias entrava no percurso entre o Palácio Foz e a Ginginha, local de beber café com as colegas, na mudança do turno de trabalho, conquista do 25 de Abril que antes da revolução as Senhoras não entravam em tal sítio, para ver as novidades e sentir o cheiro dos livros, sim que os livros têm cheiro e eu gosto do cheiro que os livros têm, assim como gosto do cheiro que há nas papelarias, nesse tempo dizia eu os meus filhos iam à Clássica perguntar se durante a semana a mãe teria mostrado um interesse especial por algum livro e se poderiam na eventualidade de a mãe já o ter ou não estar interessada nele voltar para fazer a troca, muito a contragosto fui aceitando o dia da mãe em maio. O hábito foi-se instalando mas o gosto não se instalou que a data móvel era susceptível de esquecimento, não da parte dos meus filhos mas da minha, e sempre que de repente era confrontada com o calendário e agenda – o dia da mãe é amanhã!
Com o passar dos anos e o terminar das faculdades e porque todos os motivos são válidos para partilhar da presença dos filhos, anos houve em que instituí dois dias da mãe por ano, o de maio dos nossos dias e o de dezembro que me lembrava os tempos em que criança eu o festejava com a minha mãe. Mas nunca a data foi celebrada em dia tão apropriado, pelo menos que me lembre, por estarmos a celebrar no 1º de maio, dia do trabalhador, o dia da mãe, que não há maior trabalhador que uma mãe e ainda para mais trabalhadora.
Com o passar dos anos e o terminar das faculdades e porque todos os motivos são válidos para partilhar da presença dos filhos, anos houve em que instituí dois dias da mãe por ano, o de maio dos nossos dias e o de dezembro que me lembrava os tempos em que criança eu o festejava com a minha mãe. Mas nunca a data foi celebrada em dia tão apropriado, pelo menos que me lembre, por estarmos a celebrar no 1º de maio, dia do trabalhador, o dia da mãe, que não há maior trabalhador que uma mãe e ainda para mais trabalhadora.
* A foto não tem nada a ver mas o carro é lindo! Digam lá se não é!
Bom dia Isabel,
ResponderEliminarTens toda a razão em festejares dois dias da mãe por ano. Afinal, não entendo por que foi alterado o 8 de Dezembro. E este ano vem mesmo a condizer com o 1º de Maio.
O carro, oh sim é bonito, é um Citroen, não é? É teu?
Um beijinho e Feliz Dia da Mãe
Quando penso no dia da mãe tb é sempre a 8 de Dezembro. O outro, é fruto da evolução mas não da devoção.
ResponderEliminarOlá, Laerce, muito bom dia!
ResponderEliminarNão, minha amiga, o carro não é meu que não tenho capacidade para tal preciosidade nem garagem onde o guardar. Paradoxalmente eu que sonho a cores sou proprietária de um triste e cinzento veículo, qual carroça onde transporto as telas, os cães e os sacos do
supermercado. :)
E quanto à marca, desconheço em absoluto qual seja que nessas coisas grandessissima ignorante me confesso! :)
Um beijinho.
Olá Helena;
ResponderEliminarAinda bem que não estou sózinha nestes meus lamemtos. :)
Realmente há mudanças cuja utilidade nao alcanço e por mais que me esforce nem vejo a quem aproveitam.
Acabo sempre a dar por mim a pensar nas milhentas coisas que carecem urgentemente de mudança. :)
Meu caro omegvts: :)
ResponderEliminarObrigada, eu, pela surpresa da visita. :)
Li algures, a respeito dos que morrem, que enquanto houver alguém que os lembre, continuarão vivos! E como já somos dois a lembrar a "Clássica"... pode ser que, quem sabe, venha a surgir na blogoesfera o grupo dos amigos da desaparecida livraria. :)
Quanto ao carro, gostei da analogia com os tais domésticos; agora e cada vez mais que já os fabricam - os domésticos - com cores de automóveis. :)
Um bom dia para ti, Mãe Isabel.
ResponderEliminarBeijinhos grandes.
Um bom dia, ou será que já é noite? para ti também, minha amiga Noite do outro lado da Terra.
ResponderEliminarQue o dia seja de paz e muito amor na companhia dos teus pequeninos e do resto da familia.
Beijinhos enormes. :)
Olá,
ResponderEliminarE então, não cabe tudo no teu carro? E depois o cinzento é uma cor discreta.
Estive a fazer uma breve pesquisa, esse carro da foto só pode ser um Fiat,pronto.
Um beijinho
grrr... gosto de carros mais discretos! ;P
ResponderEliminarE feliz dia da mãe que, na verdade, é todooooooooooos os dias...
;)
Querida Laerce;
ResponderEliminarPor acaso não cabe! :) :) Refiro-me ás telas, cuja largura não pode ser superior a 100 cms o que, como deves calcular, causa algum transtorno. E também me refiro ao meu cão, o "Diogo" que é quase um poney e que só consegue viajar sentado. :)
Quanto à marca, logo que o meu filho chegue vou "tirar a limpo"! :)
Outro bjinho.
Ora viva, Amiga do Teatro! :)
ResponderEliminarQue prazer em recebê-la aqui e como muito bem diz, "num dia que é todos os dias"!
Pois... gostos não se discutem e eu até sou do sporting mas gosto de carros vermelhos. Claro que nunca tive um assim tão... tão... exuberante mas "o meu mundo é feito de cor" e esse "estatuto" faz-me sonhar a cores. :) Ou então é do meu Vénus em Leão: "expansive and expensive"! :)
Gostei de a ver por cá, volte mais vezes!
Oh Isabel... a menina passou-se!!! isto são carros apetitosos de apresentar aqui???!!! ehehhe ai a gaita das telas que só podem ter um metro... e eu não sei???
ResponderEliminarse vivessemos em Espanha até tinhamos um salário e uma reforma do estado por sermos "artistas" ::((( e tínhamos de certeza uma carrinha para levar as nossas obras de arte.
não digo mais nada porque hoje estou bitter.
xi
maria
Querida Maria dos Lobos;
ResponderEliminarSempre que um homem sonha...! :) ;)
Claro que de vez em quando me "passo"... e então não é de passar "dos carretos", mesmo sem ficar bitter, que isso faz rugas de expressão, e já me bastam as outras, :) quando diariamente sou confrontada com este país onde habito, mas de cuja Portugalidade me orgulho, pese embora as vantagens citadas dos vizinhos e outras que para mim contam mas não menciono aqui que isto de pôr a "alma a nú" no blog pode causar algum frio! :)
Vamos continuando a lutar pelos nossos ideais e "se pudermos salvar um, já valeu a pena"!
Obrigada, minha amiga, pela visita, e pelas palavras.
****** I.
Também eu me lembro dessa Livraria, muito agradável, dos tempos da minha adolescência e princípio de vida adulta. Julgo que era de Clássica Editora o exclusivo dos livros do Fialho de Almeida, que ainda lá adquiri alguns. Igualmente de acordo com o sentimento relativo à data do dia da Mãe. Nada substitui o 8 de Dezembro da minha meninice. A ideia do conflito das devoções : Mãe do Céu - Conceição - e Mãe terrena foi uma bizantinice, que redundou na desvalorização actual do dia da Mãe, cuja mobilidade até a coloca em competição com o dia do Trabalhador. Enfim, mais uma modernice inútil. Quanto ao carro, sim, muito belo, em qualquer época.
ResponderEliminarAntónio Viriato;
ResponderEliminarÉ um enorme prazer contar com a sua visita - que agradeço - a este meu espaço e partilhar do que se lhe oferece dizer sobre o "post". :)
Também eu me lembro das razões apresentadas, aquando da mudança do dia da mãe de dezembro para maio, e nem vou comentar... :)
E se a memória não me falha, antes de ser festejado no primeiro domingo de maio, também se festejou num domingo lá mais para o fim do mês - no 3º, ou no penúltimo - e a confusão era total! :)