domingo, outubro 30, 2005
terça-feira, outubro 25, 2005
SIENA
E agora Siena, a bem-amada, a cidade onde o meu coração verdadeiramente se compraz. Terra de gente amável, lugar onde todos beberam do leite da bondade humana, ponho-te adiante de Florença para todo o sempre. As três colinas em que está construída fazem dela uma cidade em que não há duas ruas iguais, todas elas opostas às sujeições de qualquer geometrismo. E esta maravilhosa cor de Siena, que é a do corpo brunido pelo sol, que é também a cor da côdea do pão de trigo – esta maravilhosa cor vai das pedras da rua aos telhados, amacia a luz do Sol e apaga-nos do rosto as ansiedades e os temores. Nada pode haver mais belo que esta cidade.
(...)
Entro num bar para beber um café. O empregado atende-me com a voz e o sorriso de Siena. Sinto-me fora do Mundo. Desço ao Campo, uma praça inclinada e curva como uma concha, que os construtores não quiseram alisar e que assim ficou, para que fosse uma obra-prima. Coloco-me no meio dela como num regaço e olho os velhos prédios de Siena, casas antiquíssimas onde gostaria de poder viver um dia, onde estivesse numa janela que me pertencesse, voltada para os telhados cor de barro, para as portadas verdes das janelas, a tentar decifrar donde vem este segredo que Siena murmura e que vou continuar a ouvir, mesmo que o não entenda, até ao fim da vida.
José Saramago
in Manual de Pintura e Caligrafia
Não foi ele quem me levou lá. Quem me levou foi o acaso; o acaso de uma placa à distância de poucos quilómetros, perdida algures numa estrada entre Florença e Roma. Mas podia ter sido ele, tivera a sequência dos acontecimentos sido inversa.
Num largo, desafogado, com vista para um um casario com ar de muitos séculos, aninhado em três colinas, deixei o carro. Lembrei-me da cor, a tal cor de Siena que dava o nome à cidade. Aproximei-me do muro e olhei para baixo na distância, como num avaliar do caminho a percorrer. E, à medida que descia nas linhas do livro, ía também descendo nas ruas estreitas, sinuosas, desiguais, naquela viagem feita anos antes.
Pouco a pouco, e enquanto progredia na leitura, as imagens duplicavam-se, sobrepunham-se, completavam-se. A sensação vincada de ter visto com os mesmos olhos, de ter vivido aquelas linhas.
O bar, a recordação da vivência in locco, e a lembrança de uns ‘raviolis’ – os melhores que já comi – com recheio de ricota e espinafres, da refeição ligeira tomada numa das duas mesas da pequena esplanada do pequeno bar, assente sobre estrado de madeira em forma de cunha, em espaço roubado à calçada. E ao fundo, a escassos metros, e depois do arco, o Campo!
SIENA, não digo arriverdecci, digo CIAO!
Nota de rodapé – Só discordo num pormenor; Florença é Florença. E tem um rio. Não sei se é por isso!
Fotos IM
domingo, outubro 23, 2005
MARMALADES
Rainha da Inglaterra pelo seu casamento com o rei Carlos II, no ano de 1662; Princesa de Portugal, filha de D. João IV, e de sua mulher, D. Luísa de Gusmão, irmã dos monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II.
Entre as damas que acompanharam D. Catarina a Inglaterra, contavam-se D. Elvira de Vilhena, condessa de Pontével, e D. Maria de Portugal, condessa de Penalva.
sexta-feira, outubro 21, 2005
A ÚLTIMA CEIA
Milão, Outubro de 1987 - Foi assim que vi pela primeira vez 'A Última Ceia’ do Mestre Leonardo, um fresco pintado numa das paredes do refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, na cidade italiana de Milão. Na penumbra, cercada por andaimes, onde mestres especialistas em restauro retiravam camadas de tinta de sucessivos restauros anteriores, que punham em perigo a sobrevivência da obra para as gerações futuras, e com absoluta proíbição do uso de flashes.
O guia de turismo, de nacionalidade italiana, que nos acompanhou na visita, falou apaixonadamente do Mestre e da sua obra, das técnicas usadas, e revelou que Leonardo se repartia entre múltiplos e simultâneos trabalhos, muitos deles deixados por terminar. Infelizmente, o fresco começou a estragar-se ainda em vida de Leonardo, pois ele recusou-se a usar a técnica normal da pintura a fresco, que requeria uma execução rápida e utilizou, em vez disso, uma impregnação de óleo no reboco da parede. Isto permitia-lhe pensar e pôr o máximo de expressividade nas caras dos Apóstolos.
Algures no tempo, durante o período de vida do convento, os frades dominicanos, para encurtarem a distância do refeitório à cozinha, abriram, ou mandaram abrir, uma passagem em arco abatido, exactamente no local onde Leonardo da Vinci havia pintado as pernas de Cristo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Convento foi bombardeado e parcialmente destruído. Das quatro paredes do refeitório, sobrou de pé a parede onde Leonardo pintou a sua obra-prima de penetração psicológica, sendo, sob vários pontos de vista, a principal obra do estilo do Alto Renascimento.
Fachada de acesso *
* Fotos IM
segunda-feira, outubro 17, 2005
sábado, outubro 15, 2005
FLORESTA
sexta-feira, outubro 14, 2005
27 DE OUTUBRO 2005
12H 30m
CENTRO CULTURAL DE CASCAIS
25 € por pessoa
BUFFET de FRIOS e QUENTES
MOMENTO MUSICAL
RIFAS SURPRESA
RECEITAS DESTINADAS A ANGARIAÇÃO
DE FUNDOS
OS NOSSOS ANIMAIS CONTAM CONSIGO
RESERVAS ATÉ 24/10/2005 PARA:
Mª José Breman - 219230788
Natália Correia - 917255595
Isabel Resina - 966585087
Lurdes Oliveira - 917607773
Participe e Divulgue
taboo words and swearwords - p. 589
(...) Because taboo words are shocking, they are often used in situations when people want to express powerfull emotions by using 'strong' language. This is called 'swearing'. When people swear taboo words change their meaning completely. The strenght of the taboo word remains, but the original meaning disappears.
Linguistic taboos are less strong than they used to be. (...)
in Practical English Usage - Michael Swan
quinta-feira, outubro 13, 2005
A MELHOR DA SEMANA
Quem perdeu foi o Ali Baba, porque os 40 ladrões ganharam todos!
Tita - Uma mulher, Um blog, algumas palavras
sábado, outubro 08, 2005
ALENTEJO II
quarta-feira, outubro 05, 2005
terça-feira, outubro 04, 2005
Ainda o Dia Mundial do Animal
Falta a 'Bárbara', uma cadela de pastor alemão cruzada com rafeiro, o que faz dela uma SRD - sem raça definida - que é pertença da APCA, Canil de São Pedro de Sintra, e que ‘apadrinhei’ como forma de ajudar a custear o sustento dos cerca de 200 cães lá alojados
Num País cuja Constituição não contempla - ainda - o apoio oficial aos animais, são os voluntários que empenhados nesse trabalho de ajuda material e de mão-de-obra, vão fazendo com que muitos milhares de animais errantes e abandonados subsistam, sejam tratados, vacinados, desparasitados, se controle a natalidade com campanhas de donativos para esterilização das fêmeas, e evite a barbárie a que muitos estão sujeitos.
Voluntários Precisam-se! Todos não somos demais!
DIA MUNDIAL DO ANIMAL
Não fique indiferente.
Faça qualquer coisa.
Tome uma atitude!
Colabore com uma
Associação de Protecção Animal
da sua zona.