quarta-feira, junho 08, 2005

COLLAGE

Foto IM 2005


(NOCTURNO)

tão deste mar, serena, te tornaste,
tão confundida em mim, tão estranha (e triste),
que no teu copro enlaço o meu. por cada haste.
e no meu rosto, o teu, se entrança, em riste.
(...)

(se perguntarem por mim, diz-lhes que estou.
diz-lhes que volto, ainda.hoje.)

EDUARDO SÁ

12 comentários:

  1. Isabel,

    forma tão bela de descrever a simbiose possível de dois amantes. ou de dois seres-outros, como a collage que representas...

    a ausência mas não o abandono...lindo, lindo!

    beijinhos, querida Isabel.:)

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  2. Não tenho aparecido com a frequência que gostaria, mas não deixo de cá vir! E este "post" de hoje é belíssimo! Beijinhos dos Açores! :)

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  3. Musalia,

    lindo, lindo... o que tu escreveste. :)

    Obrigada!

    ***** I.

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  4. Amigo Francisco,

    Todo o carácter de obrigatoriedade mata o prazer. :) Virás sempre que puderes e tiveres vontade.

    Obrigada pela visita.
    Um beijinho deste lado do oceano. :)

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  5. Bom dia Isabel,

    Vejo neste poema de E.Sá os cubistas, a junção de planos, o querer ver tudo de todos os ângulos, a paixão afinal.
    Curiosamente o objecto amado parece naõ se misturar completamente com o sujeito, está serena, estranha e triste.Será por isso que ele parte mesmo estando?

    E o preto não é a junção de todas as cores? Por que é o vermelho a cor da paixão?

    Um beijinho.

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  6. Viva, Laerce,

    A foto fala, sim, da junção de planos/pessoas/sentimentos com um fundo em negro, cor da noite/Nocturno.
    No poema, o "objecto amado" está serena/estranha/triste porque o "sujeito" não parte; ele já partiu - imagem vazia mas não de abandono - " (diz-lhes que volto, ainda. hoje.)"

    Bj, dia feliz. :)

    P.S. Havemos de falar da psicologia das cores.

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  7. Isabel,

    Não conheço o poema todo. De qualquer forma seja qual for o tempo da partida é sempre partida é sempre triste..."senhora partem tão tristes/ meus olhos por vós meu bem/que nunca tão tristes vistes/ outros nenhuns por ninguém." Para mim , não consigo ver aqui abandono e o vazio parece-me bem preenchido.

    Um beijinho

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  8. Laerce,

    É um facto, eu não transcrevi todo o poema...
    Mas estamos de acordo; não há abandono, e as partidas são sempre tristes. Mais tristes ainda as definitivas. :)

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  9. Lindo poema e, uma imagem perturbadora...cheia de significados.

    Abraço e bom fim de semana:-)

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  10. Menina Marota,

    Subscrevo! :)
    Nem imaginas quanto... (refiro-me à imagem.) :)

    Outro abraço.

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  11. Eduardo Sá? :))...
    teresa

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