DESPEDIDA
Junho chegara ao fim, a magoada
luz dos jacarandás, que me pousava
nos ombros, era agora o que tinha
para repartir comigo,
e um coração desmantelado
que só aos gatos servirá de abrigo.
EUGÉNIO DE ANDRADE
1923-2005
Em Busca da Cor da Vida
É urgente o amor.
ResponderEliminarÉ urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
[Eugénio de Andrade in Urgentemente]
É urgente não esquecer!
Um abraço triste e solidário
Menina_marota,
ResponderEliminarObrigada por este belo poema - como todos os poemas - do Eugénio de Andrade.
Aqui fica o meu, também, solidário e triste abraço.
Esse foi o poema que escolhi, pareceu-me apropriado à tristeza que todos sentimos! À poesia!
ResponderEliminarOlá Isabel,
ResponderEliminarFalar ou escrever ajuda a sentir a realidade e hoje a realidade é dolorosa.
Um beijinho
Manhã.
ResponderEliminarÉ realmente um poema muito belo, como o são todos os poemas do Eugénio, alguns dos quais tenho deixado espalhados pelo blog ao longo deste ano de vida.
Obrigada pela sua participação.
Laerce,
ResponderEliminarA realidade é sempre dolorosa, embora, por vezes, menos conhecida.
Bjinho.
Bela escolha de poema para a homenagem.
ResponderEliminarObrigada, Helena.
ResponderEliminarE que todo os dias sejam dias de lembrar o Eugénio de Andrade e todos os POETAS do nosso contentamento.
Isabel,
ResponderEliminarficou-nos a obra, essa é imortal. a mim, ficou-me mais que isso, a recordação de uma doçura, de uma singeleza inesquecíveis, incomparáveis.
são assim os "grandes", afirmam-se pela simplicidade, sem necessidade de demonstrar a sua erudição...
beijinho pelo belíssimo poema.
Musalia,
ResponderEliminarA doçura... a singeleza... são imagens de marca do Eugénio de Andrade e é assim que ele vai estar presente, agora e nas gerações vindouras.
Bjinhos, um dia bom. :)
Ficará mesmo sempre connosco, Isabel :)
ResponderEliminarBeijinhos meus
Viva Isabel,
ResponderEliminarA viagem é cheia de luz!...E,a sua obra eterna.Saudações das tais.
Olá Bird, obrigada pela visita.
ResponderEliminarBeijinhos. :)
Viva, Musqueteira,
ResponderEliminarEstou certa que sim. Pelo menos conto com isso.
Beijinhos e saudações. :)
Foi uma perda enorme para o Pais e para o Mundo.
ResponderEliminarBom dia, Gaivota!
ResponderEliminarA sua poesia está viva no coração de todos nós.
Um beijinho do continente.
P.S. De repente, senti saudades do azul. :)
Recebi a notícia da sua morte quando ainda estava em Viena... A sua simplicidade era comovente e apanágio dos Grandes! Ainda bem que nos deixou a sua Poesia! Beijinhos!
ResponderEliminarOlá Francisco!
ResponderEliminarDesculpa a demora. Ausências... :)
Um beijinho.