Miguel Torga nasceu a 12 de Agosto de 1907 em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes. Faleceu em 17 de Janeiro de 1995. De seu verdadeiro nome, Adolfo Correia da Rocha, Miguel Torga é o pseudónimo literário pelo qual ficou conhecido. Era Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra. Foi distinguido com vários Prémios Literários e a sua obra encontra-se traduzida em diversas línguas. Durante muitos anos editou os seus próprios livros.
Ave Poética
Não tenho nada mais senão as asas.
Quando subo os degraus do firmamento,
É com elas que subo e que sustento
O peso bruto desta incarnação.
Asas de penas que me vão nascendo,
E que voam depois, desconhecendo
Que fúria azul as levantou do chão.
Torga, sua mulher, e os cães de caça, diante da casa onde nasceu.
Foto: MIGUEL TORGA POETA IBÉRICO de Jesus Herrero - arcádia
Olha como eu adoro Miguel Torga... como poeta e como Ser, e este poema que fala de penas...tem tudo a ver comigo não é???!! LOL
ResponderEliminarOlha e cá vai um dele que tanto gosto:
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
É sim, querido Mocho. E com todos os meus amigos do clube dos passarinhos...
ResponderEliminaro Yardbird, e o Fernão Capelo Gaivota! :)
Obrigada pelo 'Torga' que me ofereceste.
Um abraço.
A caracolinha, apesar de não ter penas, também sempre ouviu dizer que quando nos nos dão com uma mão, devemos dar com a outra ...
ResponderEliminarPor isso ...
No silêncio da noite é que eu te falo
Como através dum ralo
De confissão.
Auscultadores impessoais e atentos,
Os teus ouvidos são
Ermos abertos para os meus tormentos.
Sem saber o teu nome e sem te ver
-Juiz que ninguém pode corromper-,
Murmoro-te os meus versos, os pecados,
Penitente e seguro
De que serás um búzio do futuro,
Se os poemas me forem perdoados.
Beijinho Poético ~:o)
Pois eu confesso que de Miguel Torga só li "Os Bichos"!
ResponderEliminarContudo, os versos que li no teu post aguçaram-me a curiosidade!
Uma vez que vou estar com a Caracolinha e o Mochinho, que aqui também deixaram versos do autor,hoje já vou cravar uns livros de Miguel Torga
A Vespinha sempre a aprender!
Isabel,
ResponderEliminarJá foste a S. Bernardo da Galafura?
Já viste da lá o Douro, já sentiste a energia daquele ar que respiras?
Um beijinho
Caracolinha sem penas...
ResponderEliminarlindo este Torga que aqui deixaste.
Obrigada por contribuires com um dos seus poemas... um que também me diz muito.
Beijinhos 'agostinos'. :)
Vespinha,
ResponderEliminarno meu tempo - raio de expressão :) - também se lia Torga no Liceu. Mas além de 'Os Bichos' há muito Torga para ler.
'Crava' e lê! Vais gostar do 'Homem do Marão'! :)
Um beijinho.
é pá foi a malta toda à net copiar poemas do Torga
ResponderEliminarSim sim tudo muito culto, lera 1/3 dos bichos porque foram obrigados essa é que é essa!!!
Ass: Triuviratum...: Um pena uma casca e uma asa
É que no tempo do yougurte Adágio
Não havia tanto plágio!!!!
E agora me vou que a carne assada arrefece!!!
Querida Laerce,
ResponderEliminarNão só não fui como não conheço sequer o nome. E tinha obrigação disso...! :)
Fiz o Douro algumas vezes; pernoitei na Pousada do Barão de Forrester e viajei até Pinhão. Mas onde fica isso? :)
Um [] e boas férias.
Querido Mocho...
ResponderEliminaraposto que nem sabiam que o Torga nasceu a 12 de Agosto. :)))
Não sei se já reparaste mas entretanto consegui caçar a foto desaparecida do post. E quem está lá... quem é? Um 'pointer' igual ao meu 'Diogo Cão'! :)
Isabel,
ResponderEliminarJá te respondi à pergunta, por mail.
Beijinho
Querida Laerce,
ResponderEliminarjá li, sim, e vi as fotos.
Obrigada pelo mimo... és uma querida! :)
Beijinho
Isabel,
ResponderEliminarcomungo nesse amor pela sua obra, a poética e a prosa.
Miguel Torga:
Miguel de Miguel de Unamuno
Torga da planta rasteira e bravia que nasce nos montes.
beijos.
Musalia,
ResponderEliminarObrigada pelo teu contributo; nunca é demais lembrar as razões da escolha do pseudónimo.
Um beijinho e continuação de boas férias.
Cara Ana,
ResponderEliminarobrigada eu pela informação; já confirmei nos livros de Torga que cá tenho e não faço ideia onde fui buscar o Fevereiro.
Vou emendar como se impõe. :)
Um []