segunda-feira, agosto 30, 2004

PISCES


ISABEL MAGALHÃES
Pisces
1999
92 x 73 cms
Acrílico sobre tela

Col. Particular

domingo, agosto 29, 2004

LIMITES


ISABEL MAGALHÃES
Limites
1999
92 x 73 cms
Acrílico sobre tela


Col. Autora

sábado, agosto 28, 2004

PARA O GUI

(Meu desconhecido amigo da blogosfera)

Por vezes, e que me perdoem os Grandes Mestres que possam não concordar, digo eu, uma autodidacta em pintura, e também porque o disseram Grandes Mestres que já não moram aqui, é necessário esquecer os conhecimentos académicos para poder criar, para libertar a pintura que vai na alma.
Dito por mim, pode parecer suspeito – sou apenas menos que uma ínfima partícula na pintura. Não renego a técnica e conhecer os materiais, saber utilizá-los e dominá-los é essencial. Não renego o que outros – muitíssimos outros – me possam ensinar; tenho ainda tantos livros para ler, tantas exposições para ver, “a ver também se aprende” – dizia sempre o meu pai - e eu pertenço ao grupo a quem é essencial “meter as mãos na massa” para complementar a leitura, os ensinamentos. Sem esse acto, não ultrapasso a insegurança. É a curiosidade, a necessidade de sentir fisicamente – a pintura é também um acto físico – que me impulsionam a experimentar, a destruir para construir.
O que eu recuso é que me condicionem a mão, o traço, o rasto deixado pelo pincel ou pela espátula. Que me reduzam, enfim, o olhar, à condição de lente de máquina fotográfica.
Sem, de modo algum, autodenominar de arte aquilo que faço, mas consciente da diferença entre “Arte e Saber Fazer” tenho sempre presente algo que um Pintor cujo trabalho muito prezo – Jorge Martins – escreveu: - “Há dois tipos de pintores; os que sabem de antemão o que vão pintar, e os outros. Os que vão para o cavalete e deixam que aconteça”.
É assim que estou na pintura; deixo que aconteça! Deixo que “Alguém” guie a minha mão.
Tudo isto para quê? Para te dizer que deixes que a mão que segura os pincéis, te leve onde a alma te quiser levar. Sem medo, sem receio. Talvez aí encontres a evolução que pretendes.

PINTO DE COR


ISABEL MAGALHÃES
Pinto de Cor
1999
73 X 60 cms
Acrílico sobre tela


Col. Autora

sexta-feira, agosto 27, 2004

ALENTEJO


ISABEL MAGALHÃES
Alentejo
1998
70 x 50 cms
Acrílico sobre tela



(Col. Particular)

quinta-feira, agosto 26, 2004

ENTARDECER


ISABEL MAGLHÃES
Entardecer
1997
50 x 70
Acrílico sobre tela



(Col. Magda Magalhães)

quarta-feira, agosto 25, 2004

MONET



(1840 – 1926)

No início dos anos 90, comprou um terreno um pouco mais abaixo da sua casa, num local exótico. Um regato permite-lhe dispor em jardim de água esses quase 7.500 metros quadrados. Mais tarde, pagará a um jardineiro para tratar dos nenúfares que aí crescem e a mais cinco para o resto do jardim.
Em 1895, manda construir uma pequena ponte japonesa. Esta extensão de água imóvel sob o sol, animada pelo zumbido das libélulas, com as suas rãs escondidas nos roseirais que se deixam cair dentro de água quando alguém se aproxima, é para Monet um local de paz e meditação. O lago, as suas plantas aquáticas, as suas algas, a sua profusão de lírios selvagens, os roseirais e chorões, os seus charcos de nenúfares nacarados, transforma-se na inspiração principal dos últimos trinta anos de vida do pintor. Pode ver-se Monet que, literalmente, se aproxima do seu tema, enquadra-o como com um zoom para finalmente nele mergulhar por completo. Primeiro são as grandes composições, depois as vistas parciais do lago com a ponte japonesa e por fim os pormenores do pedaço de água onde o céu já só está presente através do seu reflexo. Nestas telas não existe horizonte. Árvores, céu e nuvens reflectem-se no espelho de água – não podemos, sem dúvida, falar de paisagens no sentido estrito do termo. Monet designava-as por “espelhos de água”.

(TASCHEN)

NO LAGO DE MONET


No Lago de Monet

2000
92 x 73 cms
Acrílico sobre tela
ISABEL MAGALHÃES

Col. Particular

terça-feira, agosto 24, 2004

5ª AVENIDA


ISABEL MAGALHÃES

5ª Avenida
1999
100 x 81 cms
Acrílico sobre tela


(Col. Autora)

sábado, agosto 21, 2004

EXPLOSÃO DE COR


ISABEL MAGALHÃES
Explosão de Cor
2003
100 x 100 cms
Acrílico sobre tela



(Col. Particular)


EXPOSIÇÃO "RETROSPECTIVAS"

2 Artistas

GALERIA CASA SANTA RITA

COLARES

sexta-feira, agosto 20, 2004

JANELA SOBRE A CIDADE


Isabel Magalhães

Janela Sobre a Cidade
2001
92 x 73 cms
Acrílico sobre tela


Col. Pintor/Escultor Raúl Rodrigues

quinta-feira, agosto 19, 2004

PLANÍCIE


Planície

2004
16 x 27 cms
Acrílico sobre tela
ISABEL MAGALHÃES

Col. Particular

quarta-feira, agosto 18, 2004

Fernando Pessoa

XI

Não sou eu quem descrevo. Eu sou a tela

E oculta mão colora alguém em mim.

Pus a alma no nexo de perdê-la

E o meu princípio floresceu em Fim.

Que importa o tédio que dentro em mim gela,

E o leve Outono, e as galas, e o marfim,

E a congruência da alma que se vela

Com os sonhados pálios de cetim?

Disperso... E a hora como um leque fecha-se...

Minha alma é um arco tendo ao fundo o mar...

O tédio? A mágoa? A vida? O sonho? Deixa-se...

E, abrindo as asas sobre Renovar,

A erma sombra do voo começado

Pestaneja no campo abandonado...
 
 

CIDADE AO MEIO-DIA


Cidade ao meio-dia

2001
92 X 73 cms
Acrílico s/tela
ISABEL MAGALHÃES

Col. Particular

terça-feira, agosto 17, 2004

UM VERSO

Um verso. Nada mais que um verso cintilante
contra o equilíbrio cósmico e a expansão do universo
na cauda do cometa mais errante
no coração do espaço e seu avesso
uma sílaba cantante
um verso.

Para além dos buracos negros e das linhas interestelares
um som no espaço
um eco pelos ares
um timbre um risco um traço.

Um som de um som: alquimia
de signos e sinais
não mais do que outra forma de energia
imagens espectrais
de um sol inverso
um ponto luminoso nos fractais
um verso.

Manuel Alegre
in Senhora das Tempestades

O REINO DO OURO


O Reino do Ouro

1999
60 X 100 cms
Técnica mista - colagem e acrílico sobre tela
ISABEL MAGALHÃES

Col. Dra. Isabel Cardoso

segunda-feira, agosto 16, 2004

GEOMETRIA ILUMINADA


ISABEL MAGALHÃES

Geometria Iluminada
1999
73 x 92 cms
Acrílico s/tela


Col. Autora

"DA COR AO CORAÇÃO"
Exposição Individual
1999
Inauguração da Galeria Casa Santa Rita - Colares/Sintra

domingo, agosto 15, 2004

CUCULÍDEOS - Cucos


CucoCuculus canorus

Esta ave possui dimensões médias, plumagem escassa e cauda de comprimento moderado. Nos pés apresenta quatro dedos, dois dirigidos para a frente e dois para trás.

É uma ave parasita. Põe e abandona os ovos nos ninhos de outras aves para que lhe alimentem as crias.

Na blogosfera também há Cucos. Nada produzem e abandonam os ovos – podres – nos blogs alheios.

E nem sequer são canorus; para nosso contentamento.


CIDADE AO ACORDAR


ISABEL MAGALHÃES
Cidade ao Acordar
2001
92 x 73 cms
Acrílico sobre tela


Col. Autora

sábado, agosto 14, 2004

CELEBRAR A OBRA



Não gosto de elogios fúnebres, prefiro celebrar a obra.
Só comecei a conhecer o trabalho de HENRI CARTIER-BRESSON em 1974/75 quando a compra da francesa PHOTO se tornou um dos meus hábitos de consumo.
No meio de muita informação técnica, muita publicidade a material fotográfico cujo preço, à época, era proibitivo em Portugal, principalmente ao escalão etário mais jovem, e de muitas fotografias realizadas com o apoio das maravilhas da técnica, - as fotos trabalhadas a laser eram já uma realidade e lembravam a pintura dos Impressionistas - havia, amiúde, fotos e referências a HCB.
Eu estava “a sair” das fotos de família, daquelas fotos de dimensão muito reduzida, com margem serrilhada, em que me via apenas um ponto minúsculo, captado a excessivos metros de distância, pelo “caixotinho” KODAK, de uma das minhas tias, nomeada “fotógrafa oficial” lá de casa. E, a compra da minha primeira SLR, ainda teria que esperar até 1980.
As fotos do Bresson, apesar do desfasamento no tempo e no espaço, - o senhor era contemporâneo da senhora minha avó – fascinavam-me os olhos e o espírito. O enquadramento era perfeito e mais tarde vim a saber que não cortava negativos; imprimia tudo o que captava. Tinha a precisão e a rapidez necessárias para captar o que queria e só o que queria.
Das muitas fotos dele, há uma que não encontro e que recordo amiúde: “A Jogadora de Ténis” – anos 30? – uma senhora a que os franceses chamam “Bon chic, bon genre”. E é assim que vou guardar o CARTIER-BRESSON. B.C.B.G.!


sexta-feira, agosto 13, 2004

ARIES


Aries

1999
100 x 81 cms
Acrílico sobre tela
ISABEL MAGALHÃES

Col. Particular

NONO POEMA DO PESCADOR

Os anjos são de Rilke. Mas
quem
para além do vaivém das
marés? Quem
quando só o mar e céu
e nem
um só se afoite
na praia sem
ninguém? Quem
quando só eu
e a noite?

Manuel Alegre
in Senhora das Tempestades

quinta-feira, agosto 12, 2004

miguel torga poeta ibérico

12 de AGOSTO de 1907

Nasce em S. Martinho da Anta, Sabrosa, distrito de Vila Real, Trás-os-Montes, MIGUEL TORGA.


CONFIDENCIAL

Não me perguntes, porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente
Ressuscitado.
O resto são palavras
Que decorei
De tanto as ouvir.
E a palavra
É o orgulho do silêncio envergonhado.
Num tempo de ponteiros, agendado,
Sem nada perguntar,
Vê, sem tempo o que vês
Acontecer.
E na minha mudez
Aprende a adivinhar
O que de mim não possas entender.


in DIÁRIO

quarta-feira, agosto 11, 2004

CASAS À BEIRA DO CAIS


Casas à Beira do Cais

1999
81 x 100 cms
Acrílico sobre tela
ISABEL MAGALHÃES

Col. Arquitecta Teresa Cabido

CAIS



Nenhum cais
Será apenas
De partida e de chegada ...

Há em cada regresso
A mágoa de partir.
Cada ida
Tem agrilhoada
A saudade de ficar
Quando anuncias que vais.

Sobra sempre um beijo
Desconforto
Quando o lenço branco
Se desdobra
E absorto
Se despede ao vento
E em silêncio
Diz adeus ao sentimento
Quem sabe ...até nunca mais !
E morrem no esquecimento
Casas à beira do cais ...


João Moutinho
23 de Outubro de 2000

domingo, agosto 08, 2004

DISSE...

o Alberto Caeiro:

"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Cada um é como é. Ambos existem."

É um facto; ambos existem! Mas, cá por mim, prefiro o Sol. Sempre dá para ir à praia, bronzear e poupar energia no secador da roupa.

quarta-feira, agosto 04, 2004

PRETO NO BRANCO

Porque será que à maioria dos poetas lhes desperta a verve quando cantam a tristeza dos desencontros do amor? E os grandes prémios de fotografia que apenas contemplam o trabalho dos que captam cenas de guerra e de miséria? E porque não cantar hinos á alegria em vez de dar à estampa o preto e branco do sofrimento? Será que a alegria "não vende"? Deixou de ser notícia? Passou de moda? Será que o homem é um ser triste, vampiro de situações negativas e que as alimenta com o desamor, com a infelicidade própria e a alheia, com os traumas, as frustações, as não realizações pessoais? E porque não inverter a situação? Porque não falar, escrever, fotografar o outro lado, o lado das coisas belas e das coisas boas, dos sentimentos bons como a amizade e o amor? O amor que todos temos para dar e que amiúde não damos, porque não sabemos, porque não queremos, por inércia ou omissão. O amor feliz, realizado, escrito, falado, pintado com uma paleta cheia de cores.

terça-feira, agosto 03, 2004

SILLY SEASON

Acho que também entrei na silly season!

domingo, agosto 01, 2004

1º DE AGOSTO!


1º de Agosto, 1º de Inverno!
Diziam os antigos, conhecedores dos ventos e dos mares, que o dia 1 de Agosto é o indício do Inverno que vamos ter.
Eu, ignorante confessa dessas coisas, só posso desejar que o Inverno que há-de vir, seja ameno e que a chuva seja q.b. - como nas receitas de culinária - e já que há menos quem trabalhe de noite, que chova de preferência quando a maior parte dorme. Que tenhamos - enfim - sol na eira e chuva no nabal. Para contentamento de todos.