quarta-feira, agosto 11, 2004

CAIS



Nenhum cais
Será apenas
De partida e de chegada ...

Há em cada regresso
A mágoa de partir.
Cada ida
Tem agrilhoada
A saudade de ficar
Quando anuncias que vais.

Sobra sempre um beijo
Desconforto
Quando o lenço branco
Se desdobra
E absorto
Se despede ao vento
E em silêncio
Diz adeus ao sentimento
Quem sabe ...até nunca mais !
E morrem no esquecimento
Casas à beira do cais ...


João Moutinho
23 de Outubro de 2000

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