BARCOS NO PORTO *
1989
24 x 35 cms
Óleo sobre tela
Col. Autora
1989
24 x 35 cms
Óleo sobre tela
Col. Autora
* Segundo De Staël.
Foi com esta tela que iniciei a minha experiência com óleo. Há já quinze anos! Tinha uns leves conhecimentos empíricos àcerca dos materiais a usar, além dos tubos de tinta propriamente dita, e que resultaram de perguntas feitas na loja da especialidade onde os comprei. Nestas coisas há sempre uma panóplia de materiais - a maior parte desnenecessários - desde médios de vários tipos, alguns de secagem rápida que tornam difícil o "esticar" da tinta, passando por terebintinas sofisticadas - agora até há uma variedade sem cheiro, dizem - vendidos em frascos minúsculos, a preço de ouro, e pinceis de números tão reduzidos que nem servem para pintar unhas.
Munida do que julguei ser o mínimo indispensável, e sem ter, ao contrário do que me é hábito, comprado um livrinho sobre o assunto, aterrei em casa muito feliz e pronta para a minha grande aventura.
Nesse Natal, os parentes ficaram com o problema do presente resolvido. Recebi um cavalete, quase de profissional, que ainda mantenho em bom estado, uma malinha em madeira para acondicionar os tubos, os frascos do médio e da terebintina, a paleta e os pincéis. E, durante algum tempo, os meus filhos, adolescentes, foram-me surpreendendo com ofertas de tintas e pinceis, à medida das respectivas mesadas.
A experiência do óleo não se prolongou além de uma meia dúzia de telas. Revelou-se incompatível em casa de rinites alérgicas, em que a única sala disponível era o living onde, com excepção das horas de dormir, acontecia toda a vida da família, e deu lugar ao acrílico.
Barcos no Porto ou outro abrigo qualquer, sem duvida uma pintura naif mas, mesmo assim com mais jeito do que eu.
ResponderEliminarPela amostra até tinhas grande potencial. Bem, estou seguro que na alternativa o talento ainda é maior.
ResponderEliminar*A
"Naïf" ou ingénua? :)))
ResponderEliminarBeijinhos, Fernão Gaivota.
Olá Alexandre N.
ResponderEliminarClaro que depois desta tela comprei um "monte" de livros - um dos meus vícios consumistas - e aprendi uma série de coisas que na altura não faziam grande sentido como o "pintar gordo sobre magro" e outras expressões herméticas. :)))
Quanto ao acrílico... é o que por aqui tenho deixado, mais uma centena deles cujas fotos procuro
"desesperadamente" há algumas semanas, sem sucesso.
***
e são 15 anos que deram bons frutos.. :>)
ResponderEliminarCiao Daniele! Ciao Roma!
ResponderEliminarGrazie tanta... scriverò. :)))
U take care 2!
*****
Olá Alexandre M. ;
ResponderEliminarQue saudades! Tem andado no mar? Passei pelo "Arame"... sem acesso a comentários. Depois indaguei a quem sabe, e disseram-me que estava ausente.
Obrigada pelas palavras. Apareça... gosto de o ler.
Bjs. :)
...pelos vistos começaste na altura da queda do muro; e, começaste bem...e, conrinuaste melhor :)... obrigado pela tua visita... quanto ao malucão do Black já anda outra vez na correria atrás dos carros... não ficou traumatizado... :) *
ResponderEliminarOlá Joaquim! :)))
ResponderEliminarAquele muro sempre me fez "doer"... sempre tive esperança de o ver derrubado.
Quanto ao Black e se o meu cão fizesse isso, nem dormia descansada. Acho que ando muito sensível. :)))
Um beijinho, meu amigo.
Quando a coisa corre nas veias não há “material” que a pare!
ResponderEliminarNa minha opinião, com a mestria adquirida na longa caminhada e com condições “arquitectónicas” adequadas, a próxima fase de óleo será digna da mão que agora segura o pincel!
Gosto, reflecte a visão que tenho de um porto com a neblina do amanhecer, quando o pescador, ainda com o corpo encolhido de sono e frio na grossa camisola, olha do pontão para mais um dia de pescaria....
Bjs :-)
Olá R. Gui;
ResponderEliminarEmbora as actuais condições arquitectónicas estejam consideravelmente alargadas, não tenciono voltar a usar óleo. Por motivos vários. A minha rinite continua e continuará - com a Graça de Deus - incompativel. As vantagens do acrílico sobre o óleo são imensas e as desvantagens... nulas. Assim, para quê mudar? :)
O acrílico tem uma técnica muito própria, a que já me habituei, permite trabalhar "a la prima", e, como muito bem sabe seca rápido, com a consequente redução do problema do armazenamento. Só vantagens! :)
Quanto á minha pequenina versão da tela do Nicolas De Staël (1914-1955) tenho exactamente a mesma opinião - a neblina num porto ao amanhecer.
E beijinhos. :)))
Olá Isabel
ResponderEliminarJá olhei para esta tela (para a foto no post, claro) meia dúzia de vezes e cheguei à conclusão que não é impressão minha: vejo mesmo os barcos em movimento a baloiçar tranquilamente, obedecendo ao calmo ondular do mar. E gosto.
Beijinhos
João M.
P.S. Rinite alérgica? Welcome to the club...
Olá João Miranda! :)
ResponderEliminarNão sei se os barcos balançam mas sinto imensa ternura por esta tela. Faz parte da minha colecção e podes crer que é muito mais bonita do que a foto revela.
Pintei-a a partir de uma pequena reprodução de 2 x 3 cms que tirei duma revista e não tinha a mínima ideia do tamanho original. Nem sabia nada do De Staël! :)))
Beijinhos.
P.S. Caranguejo e com rinite? :)))
Experiência, dizes tu? Nota-se que é uma fase diferente das que tens mostrado, mas bela, sem dúvida, denotanto o potencial dessas valiosas mãos e olhinhos.
ResponderEliminarBeijinhos orientais, Isabel. ;)
Bom dia, Noite! :)))
ResponderEliminarSempre gentil, sempre com uma palavra simpática para encher a alma dos outros.
Dificilmente chamaria fase a esta tela. É, foi, apenas uma - a primeira - tentativa de "sentir" o óleo. Não encerra qualquer criatividade; é uma reprodução à vista de algo que tocou o meu olhar. Curiosamente, apliquei o óleo "à espátula" e só mais tarde, dois anos mais tarde, quando por acaso - a minha vida é quase toda feita de acasos - vi um livro sobre o Nicolas De Staël na Clássica Editora, fiquei a saber que ele optara por trabalhar as telas à espátula, após uma primeira fase de geometrização gráfica.
Beijinhos "a oeste da Europa". :)))
Desisto.
ResponderEliminarSó venho aqui para dizer bem. Mão tens por acaso um quadro escondido que seja feio e sem luz para que eu possa mudar o tom do meu discurso?
;)
("Não", queria eu dizer no comentário anterior)
ResponderEliminarMas olha que foi pena abandonares. Prometia muita coisa boa :-) Beijinho, Isabel
ResponderEliminarA subjectividade do feio e do bonito. :)))
ResponderEliminarHá uns de que gosto menos e por isso hesito em enviar para as Galerias; paradoxalmente, são os primeiros a serem vendidos. :)
Beijinhos, Vague, bom São Martinho.
P.S. Quando chega a onda "pink"? :)))
Não abandonei a Pintura... mudei apenas, e já há muitos anos, de material. Passei a usar o acrílico, por todos os motivos que aqui disse. E - só para nós - se não mencionar que é acrílico, nem se sabe. :)))
ResponderEliminarBeijinhos, Yardbird. :)
Olá Isabel :-)
ResponderEliminarNão podia estar mais de acordo! :-)
Especialmente depois das experiências que tive, mas nada com rinite.
Substituir nunca! Especialmente pelas obras de arte de tão vasto portfolio em acrilico.
Mas nunca se sabe quando se volta a experimentar, só para variar. ;-)
bjs :-)
Talvez no verão...
ResponderEliminarAinda tenho uma mala cheia de tubos de óleo e um verdadeiro horror a estragar o que quer que seja.
Voltei a pegar no livro do De Staël; ele aplicava a tinta à espátula, directamente do tubo, sem médio nem terebintina. Deve levar meses até secar! :)))
Bjs R.
fragmentos de cores e sonhos, pequenos barcos que os transportam, em horizontes imaginados, em longuras de sentires por sobre as águas.
ResponderEliminarBeijinhos, amiga.
... e a cor das tuas palavras e o prazer da tua companhia no meu blog.
ResponderEliminarBeijinhos, Musalia. Um bom fim de semana. :)))