terça-feira, outubro 05, 2004

DESCALÇA VAI PARA A FONTE LEONOR PELA VERDURA


Mestre Martins Correia - Escultor/Ceramista/Pintor
(1910-1999)



Conheci o trabalho do Mestre Martins Correia, na segunda metade da década de setenta e foi amor à primeira vista. Foi no Restaurante Bota Alta, no Bairro Alto, em Lisboa, onde o António Cassiano tem, no meio daquela colecção de arte, um cavalo com o traço inconfundível do Mestre. Sempre que lá jantava/almoçava - e era muito assídua - o meu olhar vagueava entre o prato e a tela e - porque não dizê-lo - sonhava com a ideia remota de pintar e ter trabalho exposto.
Mais tarde, em 1998, ano da minha primeira exposição em Galeria, foi-me dado o prazer de conhecer Martins Correia na Livraria/Galeria Municipal Verney, em Oeiras, nas comemorações dos 500 anos da Chegada dos Portugueses à Índia. A idade era já muito avançada embora mantivesse aquele brilho no olhar, característico de quem olha mais além. Mas foi em 2001 que tive a enorme honra de ser convidada a participar nos "Encontros em Agosto" - Colectiva de Pintura e Escultura, na Galeria de Arte da Fundação Marquês de Pombal e ver o meu trabalho exposto ao lado do do Mestre (com o pesar de ser a título póstumo).

6 comentários:

  1. Parabéns, Isabel, pelo bom gosto e reconhecimento que demonstras pelos trabalhos dos outros, para além da qualidade e beleza que tenho vindo a observar nos teus! :)
    Francisco

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  2. Obrigada, Francisco pelas tuas palavras. Eu gosto de ARTE e, como não estou sózinha, prefiro estar bem acompanhada! :)
    São muitas as referências... muitas as lembranças de momentos que partilhei com alguns dos meus ARTISTAS de eleição. Outros houve que não tive o privilégio de lhes ser apresentada em vida.

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  3. A César o que é de César!

    O estar com os Mestres é o reconhecimento de um excelente trabalho e sem dúvida merecedor de privar com eles.
    Mas o caminho para o reconhecimento já passou, agora é vez de ser a Mestra de quem começa a caminhar!

    bjs

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  4. O Bota-Alta, no Bairro Alto! ia lá muitas vezes com o meu irmão!
    Isabel, esta Leonor tem uma força telúrica fantástica, talvez longe da poeticidade de Camões, da fragilidade da minha (embora de passo decidido..). Espantoso, três registos diferentes e, no entanto, é a mulher que avança para o mesmo objectivo, não o de encher o cântaro de água, mas de encher de amor os olhos com o encontro de outro olhar desejado!

    Gostei imenso! É esta riqueza que adoro na blogoesfera e na troca de impressões, de gostos e de palavras!
    Beijinho grande, amiga!

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  5. Gui!

    Anda a deixar-me "corada" pela blogoesfera! :) Fez promessa? :))) Eu sou uma ilustre desconhecida que pinta umas coisas.

    Bjinho para si e obrigada pela gentileza das palavras.

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  6. Musalia;

    Adoro o Bota; o Cassiano, o António, aquela equipa fantástica que sempre me acolheu e acolhe carinhosamente. Não vou lá com a mesma assiduidade de outrora, de quando trabalhava nas vizinhanças mas sempre que posso... lá estou.
    Tenho saudades do arroz de tomate e pimento - igual a nenhum outro - e dos linguadinhos fritos. E a açorda de marisco - um must! :)
    Ah! A minha tela "Marginal" é lá que habita.

    Vê tu bem onde Camões nos trouxe! :)

    Beijinhos, minha amiga. Obrigada por estes momentos tão gratificantes.

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