quarta-feira, dezembro 22, 2004
segunda-feira, dezembro 20, 2004
LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira
in Obra Poética II
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira
in Obra Poética II
segunda-feira, dezembro 13, 2004
sexta-feira, dezembro 10, 2004
quinta-feira, dezembro 09, 2004
segunda-feira, dezembro 06, 2004
PAULA REGO
Não precisa apresentações. É sobejamente conhecida pelos temas controversos que escolhe pintar e pelas situações que denuncia. Goste-se ou não do seu trabalho não se fica indiferente. A visita à exposição agora em Serralves, deixa um peso que incomoda, como que um despertar de consciência para situações que todos conhecemos mas que, por vezes, achamos por bem ignorar. É uma exposição que não se visita “de passagem” porque o trabalho que nos é dado ver é demasiado sério e deixa marcas.
quinta-feira, dezembro 02, 2004
segunda-feira, novembro 29, 2004
sexta-feira, novembro 26, 2004
terça-feira, novembro 23, 2004
sexta-feira, novembro 19, 2004
JAPONÊS - 2ª LIÇÃO
Haha - mãe
O genki desu ka - Como vais?
Hay, genki desu. Arigatoo gozaimasu - Bem obrigada.
Isabel-san wa? - E tu?
Hay, genki desu. Arigatoo gozaimasu - Bem obrigada
Hajime - primeira vez / ínicio
Hajimemashite - how do you do - 1º encontro
watashi wa Isabel desu. - eu sou a Isabel
Dozo yoroshiku - muito prazer
Itte rasshai - so long - go and come back
Itte mairimasu - so long - repply to Itte rasshai
Tadaima - I'm back
Okaeri nasai - welcome home
O-daijini - as melhoras
Gambatte kudasai - boa sorte
Tanjobi omedeto gozaimasu - muitos parabéns
O genki desu ka - Como vais?
Hay, genki desu. Arigatoo gozaimasu - Bem obrigada.
Isabel-san wa? - E tu?
Hay, genki desu. Arigatoo gozaimasu - Bem obrigada
Hajime - primeira vez / ínicio
Hajimemashite - how do you do - 1º encontro
watashi wa Isabel desu. - eu sou a Isabel
Dozo yoroshiku - muito prazer
Itte rasshai - so long - go and come back
Itte mairimasu - so long - repply to Itte rasshai
Tadaima - I'm back
Okaeri nasai - welcome home
O-daijini - as melhoras
Gambatte kudasai - boa sorte
Tanjobi omedeto gozaimasu - muitos parabéns
terça-feira, novembro 16, 2004
BÚSSOLAS DE NORTE
sexta-feira, novembro 12, 2004
LES MOUETTES
NICOLAS DE STAËL
Les Mouettes, 1955. Óleo, 195 x 130 cms.
Na sua tentativa de ultrapassar a contradição entre o abstracto e o figurativo, Nicolas de Staël (1914-1955) afirmou-se como um dos artistas mais importantes da Escola de Paris do pós-guerra.
.
Dedico este post ao meu amigo "Fernão Capelo Gaivota".
quinta-feira, novembro 11, 2004
JAPONÊS - 1ª LIÇÃO
bom dia - ohayo gozaimasu
boa tarde / olá - konichiwa
boa noite (ao chegar) - konbanwa
boa noite (ao dormir) - oyasumi nasai
obrigado - arigatoo gozaimasu
adeus - sayonara
até logo - ja mata / dewa mata
Como vais? - O genki desu ka
bem obrigado - Hai, genki desu
Arigatoo gozaimasu
boa tarde / olá - konichiwa
boa noite (ao chegar) - konbanwa
boa noite (ao dormir) - oyasumi nasai
obrigado - arigatoo gozaimasu
adeus - sayonara
até logo - ja mata / dewa mata
Como vais? - O genki desu ka
bem obrigado - Hai, genki desu
Arigatoo gozaimasu
quarta-feira, novembro 10, 2004
BARCOS NO PORTO
BARCOS NO PORTO *
1989
24 x 35 cms
Óleo sobre tela
Col. Autora
1989
24 x 35 cms
Óleo sobre tela
Col. Autora
* Segundo De Staël.
Foi com esta tela que iniciei a minha experiência com óleo. Há já quinze anos! Tinha uns leves conhecimentos empíricos àcerca dos materiais a usar, além dos tubos de tinta propriamente dita, e que resultaram de perguntas feitas na loja da especialidade onde os comprei. Nestas coisas há sempre uma panóplia de materiais - a maior parte desnenecessários - desde médios de vários tipos, alguns de secagem rápida que tornam difícil o "esticar" da tinta, passando por terebintinas sofisticadas - agora até há uma variedade sem cheiro, dizem - vendidos em frascos minúsculos, a preço de ouro, e pinceis de números tão reduzidos que nem servem para pintar unhas.
Munida do que julguei ser o mínimo indispensável, e sem ter, ao contrário do que me é hábito, comprado um livrinho sobre o assunto, aterrei em casa muito feliz e pronta para a minha grande aventura.
Nesse Natal, os parentes ficaram com o problema do presente resolvido. Recebi um cavalete, quase de profissional, que ainda mantenho em bom estado, uma malinha em madeira para acondicionar os tubos, os frascos do médio e da terebintina, a paleta e os pincéis. E, durante algum tempo, os meus filhos, adolescentes, foram-me surpreendendo com ofertas de tintas e pinceis, à medida das respectivas mesadas.
A experiência do óleo não se prolongou além de uma meia dúzia de telas. Revelou-se incompatível em casa de rinites alérgicas, em que a única sala disponível era o living onde, com excepção das horas de dormir, acontecia toda a vida da família, e deu lugar ao acrílico.
terça-feira, novembro 09, 2004
AQUI
Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem,
No interior das coisas canto nua.
Aqui livre sou eu - eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos,
Aqui sou eu em tudo quanto amei.
Não por aquilo que só atravessei,
Não p'lo meu rumor que só perdi,
Não p'los incertos actos que vivi,
Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem,
No interior das coisas canto nua.
Aqui livre sou eu - eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos,
Aqui sou eu em tudo quanto amei.
Não por aquilo que só atravessei,
Não p'lo meu rumor que só perdi,
Não p'los incertos actos que vivi,
Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.
Sophia de Mello Breyner Andresen
segunda-feira, novembro 08, 2004
AS MELHORES DA QUINTA
"Eu púzia" - Paula Coelho
Prémio sou célebre porque gosto muito de verbos.
* Em directo no dia de hoje.
Prémio sou célebre porque gosto muito de verbos.
* Em directo no dia de hoje.
OS QUATRO CANTOS DA TERRA
quinta-feira, novembro 04, 2004
JUVENTUDE ATENTA
No passado sábado, dia horroroso de chuva, acompanhei a Magda Magalhães, http://www.estadodespirito.blogspot.com/ a São Pedro de Sintra, ao canil da APCA - http://www.apca.org.pt/
Íamos incumbidas de uma missão. Fazer o transporte e a entrega de um donativo de 200 kgs. de ração seca, oriundo dos alunos do Curso Tecnológico de Comunicação - ano lectivo 2003-2004 - da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, no Concelho de Oeiras.
Em nome de todos os cães acolhidos na Associação, um enorme e sensibilizado agradecimento aos alunos e às duas Professoras – Margarida Casadinho e Sandra Venda.
Íamos incumbidas de uma missão. Fazer o transporte e a entrega de um donativo de 200 kgs. de ração seca, oriundo dos alunos do Curso Tecnológico de Comunicação - ano lectivo 2003-2004 - da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, no Concelho de Oeiras.
Em nome de todos os cães acolhidos na Associação, um enorme e sensibilizado agradecimento aos alunos e às duas Professoras – Margarida Casadinho e Sandra Venda.
4.
Acende a lua nova. E desabrocha
como uma flor vermelha na seara
Num cavalo de vento e de palavras
despenteia os cabelos da tristeza
Vem ter comigo à hora dos lilazes
quando todas as fontes se enamoram
dos cântaros vidrados de poente
e os seduzem com motetes de água
Se vieres pelo trilho das gaivotas
ainda entontecido de mar alto
encontrarás na terra do meu corpo
as sementes da tua eternidade.
Rosa Lobato de Faria
in Poemas Escolhidos e Dispersos
como uma flor vermelha na seara
Num cavalo de vento e de palavras
despenteia os cabelos da tristeza
Vem ter comigo à hora dos lilazes
quando todas as fontes se enamoram
dos cântaros vidrados de poente
e os seduzem com motetes de água
Se vieres pelo trilho das gaivotas
ainda entontecido de mar alto
encontrarás na terra do meu corpo
as sementes da tua eternidade.
Rosa Lobato de Faria
in Poemas Escolhidos e Dispersos
segunda-feira, novembro 01, 2004
sábado, outubro 30, 2004
JANTAR DE IDIOTAS
É o nome da peça em exibição no Teatro Villaret, em Lisboa. Ontem estive lá, às 21:30 munida do respectivo bilhete reservado atempadamente. Bilhete esse, em cujo verso está escrito, de forma legível - É proíbido fumar dentro da sala. No entanto, em cena, FUMA-SE, cachimbo e cigarro, e as baforadas que se evolam no ar, são ampliadas pelas luzes dos projectores. E não me digam que se trata de seguir o guião. Trata-se de fazer cumprir a Lei que diz que é proíbido fumar dentro de salas de espectáculo.
Fora isso, foram 130 agradáveis minutos de boa comédia.
sexta-feira, outubro 29, 2004
quarta-feira, outubro 27, 2004
TUNÍSIA: AZUL E BRANCA
Voa-se por cima do Alentejo, de areias de Espanha e do mar Mediterrâneo. Entra-se em África e segue-se ao longo da costa do Magrebe. Já de noite, pousamos em Tunes e só no dia seguinte acordamos para a luz e as cores - branco e azul - desse fantástico país de praias, montanhas, desertos, cidades árabes, aldeias berbéres e templos romanos. Fica a duas horas de voo: o tempo que se demora a mudar de civilização.
miguel sousa tavares, SUL viagens.
-
Entra-se, literalmente, no deserto ao passar as portas rudimentares de uma ainda mais rudimentar construção, feita de tijolo cor de areia, sem reboco, que se confunde com a paisagem.
Ao entrar, as portas fecham-se atrás de nós e somos confrontados com uma semi penumbra, permitida por pequenas frestas na parede oposta, e com um calor sufocante, deixado que fora o autocarro com ar condicionado. Lentamente, os nossos olhos apercebem-se do pouco que nos rodeia. Um espaço, relativamente pequeno, moscas, muitas moscas, bancos corridos em madeira velha e alguns funcionários que nos entregam um saco com o que iremos usar, sobre a nossa roupa, nas cerca de duas horas seguintes. Depois da djelaba vestida, ensinam-nos e ajudam-nos a colocar a longa tira de tecido branco, impecavelmente branco - azul para alguns - que nos cobrirá a cabeça e quase toda a face. Com o grupo devidamente “vestido a rigor”, as portas na parede em frente às da entrada abrem-se e somos contemplados com a primeira visão do deserto. Cá fora, uma cáfila aguarda ao sol, alinhada, sentada na areia escaldante, cada animal acompanhado do respectivo cameleiro. Convidada a escolher, os meus olhos pousam num de grande porte que em pé revelou mais de 1,80 m à garupa. Após as explicações sobre a forma como o animal se levanta para que possamos contrariar o movimento, inicia-se a subida e a expectativa do levantar. Os animais são dóceis, habituados ao trabalho de transportar pessoas, e o seu andar é suave e lento, sempre pela mão do cameleiro que nos acompanha a pé. Um outro animal mais pequeno, sem passageiro, segue amarrado à minha montada e não cessa, teimosamente, de me mordiscar a djelaba. Passada mais de meia hora de percurso, pedi ao cameleiro que me confiasse as rédeas. De início recusou com um gentil “pas possible, madame”. À terceira insistência e depois de lhe garantir que estava segura do que queria, acedeu. A sensação é indescritível. É uma sensação de liberdade apenas igualada pela que se experimenta no mar numa pequena embarcação à vela.
De rédeas na mão e num passo quase trote, não cessava de pensar, com um sorriso, e-se-o-camelo-resolve-partir-à-desfilada? Não partiu! Reduzi o passo. Alguém nos fazia sinal de parar. Estávamos no meio de nada. Nada à vista, nem pistas de jeep, nada além de areia. E subitamente, vindos não sabemos de onde, um grupo de jovens e crianças, transportavam latas de coca-cola, água e outros refrigerantes, acondicionados em baldes com gelo.
Depois, o percurso inverso. O entregar da djelaba, as fotos com os camelos e os cameleiros que com ar doce pediam “une photo, madame”!
Acabáramos a primeira etapa dos três dias que permaneceríamos no deserto do sul da Tunísia.
Ao entrar, as portas fecham-se atrás de nós e somos confrontados com uma semi penumbra, permitida por pequenas frestas na parede oposta, e com um calor sufocante, deixado que fora o autocarro com ar condicionado. Lentamente, os nossos olhos apercebem-se do pouco que nos rodeia. Um espaço, relativamente pequeno, moscas, muitas moscas, bancos corridos em madeira velha e alguns funcionários que nos entregam um saco com o que iremos usar, sobre a nossa roupa, nas cerca de duas horas seguintes. Depois da djelaba vestida, ensinam-nos e ajudam-nos a colocar a longa tira de tecido branco, impecavelmente branco - azul para alguns - que nos cobrirá a cabeça e quase toda a face. Com o grupo devidamente “vestido a rigor”, as portas na parede em frente às da entrada abrem-se e somos contemplados com a primeira visão do deserto. Cá fora, uma cáfila aguarda ao sol, alinhada, sentada na areia escaldante, cada animal acompanhado do respectivo cameleiro. Convidada a escolher, os meus olhos pousam num de grande porte que em pé revelou mais de 1,80 m à garupa. Após as explicações sobre a forma como o animal se levanta para que possamos contrariar o movimento, inicia-se a subida e a expectativa do levantar. Os animais são dóceis, habituados ao trabalho de transportar pessoas, e o seu andar é suave e lento, sempre pela mão do cameleiro que nos acompanha a pé. Um outro animal mais pequeno, sem passageiro, segue amarrado à minha montada e não cessa, teimosamente, de me mordiscar a djelaba. Passada mais de meia hora de percurso, pedi ao cameleiro que me confiasse as rédeas. De início recusou com um gentil “pas possible, madame”. À terceira insistência e depois de lhe garantir que estava segura do que queria, acedeu. A sensação é indescritível. É uma sensação de liberdade apenas igualada pela que se experimenta no mar numa pequena embarcação à vela.
De rédeas na mão e num passo quase trote, não cessava de pensar, com um sorriso, e-se-o-camelo-resolve-partir-à-desfilada? Não partiu! Reduzi o passo. Alguém nos fazia sinal de parar. Estávamos no meio de nada. Nada à vista, nem pistas de jeep, nada além de areia. E subitamente, vindos não sabemos de onde, um grupo de jovens e crianças, transportavam latas de coca-cola, água e outros refrigerantes, acondicionados em baldes com gelo.
Depois, o percurso inverso. O entregar da djelaba, as fotos com os camelos e os cameleiros que com ar doce pediam “une photo, madame”!
Acabáramos a primeira etapa dos três dias que permaneceríamos no deserto do sul da Tunísia.
segunda-feira, outubro 25, 2004
domingo, outubro 24, 2004
10 ANOS
O Passeante Invisível, 1949-51. Óleo sobre tela, 132 x 168 cms
San Francisco, Museum of Modern Art.
San Francisco, Museum of Modern Art.
Para comemorar o décimo aniversário do museu da Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva, este espaço prepara "Vieira da Silva nas Colecções Internacionais". Para revelar obras, pertencentes a mais de 30 colecções particulares e museus estrangeiros, muitas nunca expostas em Portugal. A partir de 4 de Novembro.
Praça das Amoreiras, 58, em Lisboa.
Tel. 213 880 039 - 2,50 euros
sexta-feira, outubro 22, 2004
quinta-feira, outubro 21, 2004
terça-feira, outubro 19, 2004
segunda-feira, outubro 18, 2004
domingo, outubro 17, 2004
SÓ PODE SER MALDADE!
Acabei de chegar das docas. Fui jantar.
Na ida, na Avenida Brasília que é aquela avenida paralela à linha do comboio, no sentido Cascais Lisboa, e a muitas centenas de metros da doca de Santo Amaro, deparei com umas placas que anunciavam novos estacionamentos. Abri sinal de luzes e virei à direita. Fui seguindo até encontrar o parque. Passei a cancela da entrada depois de recolher o bilhete da máquina. Novas placas com o anúncio de novos estacionamentos, a preço mais barato e mais perto das docas. Estacionei, o mais junto possivel do fim do parque dado o diminuto número de viaturas. Saí do carro, fechei a porta, olhei em volta e comecei a fazer a pé o pequeno trajecto até à placa com a indicação "Acesso Pedonal". Por baixo da placa, quatro ou cinco degraus, que desci e no fim dos ditos... o deserto. Estava sob aquela enorme construção aérea, em tubo de ferro - que ainda ninguém sabe para que serve - por debaixo da Ponte 25 de Abril. Aos meus pés, maior que a área da tal construção, uma vasta zona coberta com gravilha grossa, delimitada de um lado pelo rio e do outro pela linha férrea dos comboios de mercadorias, imprópria para sapatos de salto, impossível para quem empurre uma cadeirinha de bebé, impensável para alguém com dificuldades de locomoção. Do tal acesso pedonal anunciado em letras gordas na placa, nem sinal. Voltei para trás, sempre a pé. Contornei o parque e tentei passar pela beira da doca junto ao rio, na esperança que o acesso fosse desse lado. Afinal, também não era! As placas indicam um acesso que não existe, enganam o utilizador/pagador. O concessionário da zona, cobra e brinca com o utente.
Aos meninos rabinos, dá-se um "tau-tau" no rabinho. E ao Porto de Lisboa, faz-se o quê?
Nota - GISPARQUES S.A. - segundo o cartão de saída do parque.
sábado, outubro 16, 2004
sexta-feira, outubro 15, 2004
quinta-feira, outubro 14, 2004
quarta-feira, outubro 13, 2004
terça-feira, outubro 12, 2004
DIOGO CÃO
Raúl Rodrigues - Pintor/Escultor
DIOGO CÃO
1996
altura 50 cms
Técnica mista
materiais - garfo e selim de bicicleta, 2 pastilhas de travão,
tubo plástico (2 dimensões), base em madeira.
Col. Isabel Magalhães
Dicionário da Cerâmica e Escultura
Bajouca, Carlos, Março 2002.
Há, entre mim e o Raúl Rodrigues, desde há vários anos, uma grande amizade feita de cumplicidades nos caminhos da pintura. E dos cães também.
Chamo-lhe Mestre, com muito carinho. Não porque alguma vez me tenha guiado a mão ou corrigido o traço ou sequer telefonado a “alguém” para me apresentar, mas porque mais do que incentivar-me a expor, exigiu que o fizesse.
Com aquela força que a natureza lhe deu e os que lhe são próximos conhecem, foi peremptório – “Tem que mostrar o que faz!”
Levei algum tempo até acreditar mas foi assim que tudo começou.
Obrigada “MESTRE”!
Chamo-lhe Mestre, com muito carinho. Não porque alguma vez me tenha guiado a mão ou corrigido o traço ou sequer telefonado a “alguém” para me apresentar, mas porque mais do que incentivar-me a expor, exigiu que o fizesse.
Com aquela força que a natureza lhe deu e os que lhe são próximos conhecem, foi peremptório – “Tem que mostrar o que faz!”
Levei algum tempo até acreditar mas foi assim que tudo começou.
Obrigada “MESTRE”!
segunda-feira, outubro 11, 2004
ONTEM...
Casou uma das minhas melhores amigas e foi pelo braço do filho que chegou ao altar.
Vinha elegantemente num vestido comprido em seda beige, com casaquinha bordada a missanga e vidrilho.
A cerimónia iniciou com uma Avé Maria cantada e o Padre que celebrou a Eucaristia e o Casamento, começou por dizer “Palavras para quê? É uma noiva portuguesa, com 45 minutos de atraso, como manda a tradição.”
Falou depois de tesouros, de encontros, de tolerância, de afectos e de amor. E de tempos.
Houve participação de familiares e amigos que fizeram leituras alusivas e outras, a lembrar ausentes sempre presentes nos corações, e o número de comungantes foi significativo.
O momento do sim e dos votos, foi feito em voz muito baixa – eu ouvi porque estava mesmo atrás dos noivos – e o beijo que ele lhe deu na face, foi de uma grande ternura.
À saída, o tradicional arroz a desejar mil felicidades.
O coquetel e o jantar sentado que se seguiu no Convento da Trindade, em Lisboa, foram de extremo bom gosto e elegância.
À minha amiga A. e ao agora meu amigo R. os meus melhores votos de muitas FELICIDADES.
A cerimónia iniciou com uma Avé Maria cantada e o Padre que celebrou a Eucaristia e o Casamento, começou por dizer “Palavras para quê? É uma noiva portuguesa, com 45 minutos de atraso, como manda a tradição.”
Falou depois de tesouros, de encontros, de tolerância, de afectos e de amor. E de tempos.
Houve participação de familiares e amigos que fizeram leituras alusivas e outras, a lembrar ausentes sempre presentes nos corações, e o número de comungantes foi significativo.
O momento do sim e dos votos, foi feito em voz muito baixa – eu ouvi porque estava mesmo atrás dos noivos – e o beijo que ele lhe deu na face, foi de uma grande ternura.
À saída, o tradicional arroz a desejar mil felicidades.
O coquetel e o jantar sentado que se seguiu no Convento da Trindade, em Lisboa, foram de extremo bom gosto e elegância.
À minha amiga A. e ao agora meu amigo R. os meus melhores votos de muitas FELICIDADES.
sábado, outubro 09, 2004
HORIZONTES II
Horizonte II
1999
81 x 65 cms
Acrílico sobre tela
(Col. Particular)
"DA COR AO CORAÇÃO"
Exposição Individual
Inauguração da Galeria Casa Santa Rita
Colares/Sintra 1999
1999
81 x 65 cms
Acrílico sobre tela
(Col. Particular)
"DA COR AO CORAÇÃO"
Exposição Individual
Inauguração da Galeria Casa Santa Rita
Colares/Sintra 1999
sexta-feira, outubro 08, 2004
quinta-feira, outubro 07, 2004
O PRIMEIRO DIA!
Também eu, fui pela primeira vez à escola, num dia 7 de outubro. Tinha seis anos, feitos 3 meses antes. Lembro-me que a minha mãe, ainda muito jovem mas de uma grande força interior, dizia ter feito um requerimento ao Senhor Ministro da Educação a solicitar a excepção de me aceitar um ano antes da idade oficial.
Era muito pequenina e tímida – excessivamente tímida – e o estar sentada e quieta não constituiu algo desagradável. Afinal, eu era uma criança única numa casa de adultos e passava muitas horas sózinha no meu “mundo” imaginário.
Sei que já sabia ler nesse dia em que entrei para a escola, e também sabia escrever os números e contar até 100. Acho que comecei a aprender mais ou menos aos 4 anos e por iniciativa própria porque aqueles pequenos desenhos que me diziam serem letras, encerravam um mundo fantástico e fascinante e juntos em grupos, diziam coisas e contavam as histórias que a minha mãe me lia antes de eu adormecer.
Mas foi apenas nesse ano que aprendi a desenhar o abecedário da caligrafia. Até aí só conhecia as letras de imprensa; as que via no Diário de Notícias, onde aprendi a ler.
OURICEIRA I
Ouriceira I
1998
70 x 50 cms
Acrílico sobre tela
(Col. Particular)
A minha primeira tela vendida em Galeria.
1998
70 x 50 cms
Acrílico sobre tela
(Col. Particular)
A minha primeira tela vendida em Galeria.
O título é uma homenagem à minha avó paterna, Alice C. Henriques Machado, ericeirence de gema, (1889-1976) filha, neta, bisneta, trisneta de ericeirenses... desde Francisco d'Oliveira Lobo (1687-1758). Casou com outro ericeirence, Sebastião Franco Machado, de quem teve 12 filhos.
O meu pai - o Domingos (1922-1980) - foi o 9º filho.
quarta-feira, outubro 06, 2004
SETENTRIÃO
terça-feira, outubro 05, 2004
DESCALÇA VAI PARA A FONTE LEONOR PELA VERDURA
Mestre Martins Correia - Escultor/Ceramista/Pintor
(1910-1999)
Conheci o trabalho do Mestre Martins Correia, na segunda metade da década de setenta e foi amor à primeira vista. Foi no Restaurante Bota Alta, no Bairro Alto, em Lisboa, onde o António Cassiano tem, no meio daquela colecção de arte, um cavalo com o traço inconfundível do Mestre. Sempre que lá jantava/almoçava - e era muito assídua - o meu olhar vagueava entre o prato e a tela e - porque não dizê-lo - sonhava com a ideia remota de pintar e ter trabalho exposto.
Mais tarde, em 1998, ano da minha primeira exposição em Galeria, foi-me dado o prazer de conhecer Martins Correia na Livraria/Galeria Municipal Verney, em Oeiras, nas comemorações dos 500 anos da Chegada dos Portugueses à Índia. A idade era já muito avançada embora mantivesse aquele brilho no olhar, característico de quem olha mais além. Mas foi em 2001 que tive a enorme honra de ser convidada a participar nos "Encontros em Agosto" - Colectiva de Pintura e Escultura, na Galeria de Arte da Fundação Marquês de Pombal e ver o meu trabalho exposto ao lado do do Mestre (com o pesar de ser a título póstumo).
segunda-feira, outubro 04, 2004
DIA MUNDIAL DO ANIMAL
Há tanto para fazer. Não fique indiferente. Faça qualquer coisa. Tome uma atitude!
Colabore com uma Associação de Protecção Animal da sua zona.
Colabore com uma Associação de Protecção Animal da sua zona.
domingo, outubro 03, 2004
OLÁ! SOU A BÁRBARA!
Venho, respeitosamente, apresentar-me. Sou a Bárbara! Uma cadela SRD - sem raça definida - cruzamento de rafeiro e pastor alemão. Vivo na APCA - Canil de São Pedro de Sintra. O meu estatuto de sénior coloca-me no grupo de difícil adopção. No entanto, adorava poder ter um lar - de preferência com quintal porque sou de grande porte - onde não ficasse acorrentada e tivesse um recanto quentinho para me abrigar que a idade não perdoa.
Ontem, recebi uma boa notícia. Fui apadrinhada! Tenho uma madrinha que ainda não conheço, mas que vai custear parte do meu sustento. Anseio conhecê-la. Espero que venha escovar-me e passear-me, um pouco, à trela. Todos os sábados, à tarde, alguns dos meus amigos que comigo residem no canil, saem a passeio com os padrinhos. Vem depressa, Isabel! Eu também quero ver o mundo lá fora.
www.apca.org.pt
LISBOA
Lisboa
1999
73 x 60 cms
Acrílico sobre tela
Isabel Magalhães
Col. Dr. J. P. Barroco
Lisboa menina e moça, menina
da luz que os meus olhos vêem, tão pura
teus seios são as colinas, varina
pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz, bordada
toalha à beira mar, estendida
Lisboa menina e moça, amada
cidade mulher da minha vida.
Lisboa no meu amor, deitada
cidade por minhas mãos, despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida.
José Carlos Ary dos Santos
sábado, outubro 02, 2004
A PICCOLINA
Faz hoje 18 meses que deixei que me seguisse, quando voltava do passeio matinal com o meu cão, e a convidei a entrar no prédio onde habito. Não mostrava timidez. Apenas um olhar assustado e o sobressalto próprio dos cães acossados. Estava sedenta e trazia uma coleira demasiado apertada para o pescoço magro, sinal de meses de abandono. Sobrou - disseram-me - do Plano de Erradicação de Barracas. Ficou no terreno, à espera da família que já não tinha e escapou aos funcionários do canil municipal, no dia em que chegaram as retroescavadoras. Procurou dono; seguiu vários que lhe deram comida e água e a devolveram à rua. Não desisitiu; é uma resistente, uma lutadora. Estava mal nutrida e a precisar de cuidados. Foi operada, tratada, acarinhada. Subiu de status - tem dona, casa e um amigo, com quem partilha cesto e brincadeiras e preenche a solidão das horas em que me ausento. E a ternura que me devolve no olhar é recompensa bastante.
sexta-feira, outubro 01, 2004
MES HOMMAGES, MADAME!
quinta-feira, setembro 30, 2004
quarta-feira, setembro 29, 2004
terça-feira, setembro 28, 2004
segunda-feira, setembro 27, 2004
sábado, setembro 25, 2004
sexta-feira, setembro 24, 2004
FLORES
Flores
1999
89 x 116 cms
Acrílico sobre tela
1999
89 x 116 cms
Acrílico sobre tela
Col. Particular
A AMIZADE NA BLOGOESFERA
As minhas flores para agradecer a todos em geral, e em especial aos que sentiram a minha falta nestes últimos dias e se preocuparam.
quarta-feira, setembro 22, 2004
terça-feira, setembro 21, 2004
segunda-feira, setembro 20, 2004
BUGANVÍLIA
Olympus [mju:] 300 Digital
Três troncos ressequidos deixados ao lado do contentor. Das folhas nem vestígio. Numa das extremidades, um emaranhado de raízes sujas de terra e com a forma do vaso demasiado pequeno que a albergara tempo de mais.
Não lhe ficou indiferente – talvez ainda houvesse esperança de vida. Levou-a para casa. Deu-lhe um vaso condizente com a envergadura dos troncos, acondicionou-a em 10 quilos de terra tratada. Podou-a para lhe devolver um aspecto harmonioso. Regou-a e esperou.
Três semanas passadas, os primeiros vestígios de vida – uns pequenos pontos verdes claros, vibrantes, a despontar nos troncos.
Na primavera seguinte, apesar da profusão de novos ramos e folhas, as flores teimavam em não aparecer. De que cor seriam?
Mais água, muita água e fertilizante nas doses indicadas na embalagem e a impaciência da espera. E assim passou quase todo o verão; um verão de cuidados e observação. Até que um dia, chegou à varanda e notou que nas extremidades dos jovens troncos, umas folhas se haviam transformado em pontos amarelo Indiano.
É a minha Buganvília amarela. E vive na varanda da minha sala, banhada pela luz que também me alimenta.
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